O avançado recusou manter-se em campo aos 71 minutos do encontro que a sua equipa venceu por 2-1, tendo alegado que não aceitava continuar a ouvir insultos de cariz racista provenientes da bancada do Estádio D. Afonso Henriques, e o clube minhoto afirmou, em comunicado, que vai "averiguar" o caso.

"O Vitória Sport Clube vai averiguar o sucedido no decurso do jogo realizado no Estádio D. Afonso Henriques, agindo com firmeza e consequência, em cooperação plena com as entidades judiciais competentes", lê-se na nota publicada no sítio oficial dos vimaranenses.

O clube frisou ainda, na mesma nota, que "não deixará de censurar toda e qualquer manifestação de violência, racismo ou intolerância", tendo defendido que tais situações só geram "mais violência, mais racismo e mais intolerância" e que a "gravidade" de tais assuntos "não se coaduna com qualquer desculpabilização legitimadora de comportamentos racistas ou discriminatórios".

O comunicado, publicado no seu site, acrescenta o Vitória não se revê "no comentário inapropriado" do Presidente da Assembleia Geral do clube a este propósito". Segundo o Jogo, José Antunes disse, na rede social Facebook, que "Marega devia ir ao psiquiatra".

Leia o comunicado na íntegra:

O VITÓRIA SPORT CLUBE, ciente da responsabilidade de uma instituição de utilidade pública com quase cem anos de história, não deixará de censurar toda e qualquer manifestação de violência, racismo ou intolerância. Daí nada se alcança, senão mais violência, mais racismo e mais intolerância.

Por essa razão, o VITÓRIA SPORT CLUBE não encara a violência e a intolerância associada ao desporto como uma luta, um combate ou até mesmo, como para alguns, uma guerra. A história, o presente e os símbolos do clube são tributários de uma identidade inclusiva, integradora e assente em valores de igualdade e universalidade, sendo esta, para nós, a única abordagem capaz de erradicar a discriminação no desporto e na sociedade.

Em consonância com esses princípios e valores, o VITÓRIA SPORT CLUBE vai averiguar o sucedido no decurso do jogo realizado no Estádio D. Afonso Henriques, agindo com firmeza e consequência, em cooperação plena com as entidades judiciais competentes.

A gravidade e a seriedade com que o VITÓRIA SPORT CLUBE perspetiva este assunto não se coaduna com qualquer desculpabilização legitimadora de comportamentos racistas ou discriminatórios, pelo que não se revê no comentário inapropriado do Presidente da Assembleia Geral do clube a este propósito.

O VITÓRIA SPORT CLUBE é preto e branco, de pretos e de brancos. As vítimas são de todas as cores e de todos os clubes.