João Rodrigues traçou estas metas para o seu futuro ao falar com os jornalistas à margem da homenagem que recebeu nos Paços do Concelho do município de Tavira, de onde é natural, pelo triunfo alcançado este ano na 81.ª edição da principal prova do ciclismo português.
“È claro que tenho [novos sonhos], nunca escondi que gostava de ser campeão nacional, é um motivo de orgulho andar durante toda a época com as cores do nosso país, e é claro que gostava de subir ao escalão mais alto do ciclismo, numa das melhores equipas do mundo, isso para mim era ter quase todos os meus sonhos concretizados”, afirmou o ciclista oriundo da localidade serrana algarvia de Faz Fato, freguesia de Conceição de Tavira.
O vencedor da Volta de 2019 admitiu ter conhecimento de que o seu trabalho já é mais conhecido entre os responsáveis das equipas do 'Worldtour', mas sublinhou que “não há contactos” com nenhuma formação.
“Gostava de um dia representar as cores de uma dessas equipas do 'Worldtour' e esses treinadores já me conhecerem e saberem o meu nome é um motivo de orgulho, mas, como disse, não há nada”, assegurou.
João Rodrigues disse, no entanto, que “gostava de sair o mais rápido possível”, mas mostrou-se satisfeito com a por representar o W52-FC Porto.
“Não estou com pressa de sair, estamos no segundo escalão do ciclismo, estou na melhor equipa em Portugal, uma equipa que me acarinha bastante, que gosta de mim e quer que eu esteja lá, sinto-me em casa e em família, e enquanto eu for acarinhado e eles quiserem que me mantenha lá, vou continuar”, contrapôs.
Entretanto, João Rodrigues vai seguir a mesma estratégia que o trouxe até ao triunfo na Volta, apostado em “evoluir nos pontos mais fracos” e “tentar sempre aprender com os mais velhos”.
“É o que tenho feito até agora, até agora as coisas têm dado certo, eles têm-me dado bons concelhos, e quero continuar assim”, afirmou, depois de receber das mão do presidente da Câmara de Tavira, Jorge Botelho, uma placa comemorativa por se ter tornado no “primeiro ciclista tavirense a vencer a Volta a Portugal”, justificou o autarca.
Jorge Botelho elogiou o percurso de João Rodrigues “desde amador até profissional” no Clube de Ciclismo de Tavira, onde se formou, e expressou todo “o orgulho que o concelho, com forte ligação ao ciclismo, sentiu” com este triunfo.
“Em Tavira, o ciclismo é desporto rei, e o João Rodrigues é merecedor desta homenagem”, disse ainda o autarca durante a homenagem ao ciclista, que contou com a participação de família, amigos e antigos treinadores e companheiros e na qual se fez acompanhar pelos seus principais aliados nesta Volta a Portugal, os colegas de equipa Samuel Caldeira e Ricardo Mestre.
João Rodrigues agradeceu o reconhecimento que lhe foi atribuído e destacou o contributo do Clube de Cislismo de Tavira para a sua “formação como ciclista e homem”, depois de um interregno que o levou ao futebol e que o fez “regressar, em boa hora, ao ciclismo”.
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