Nos termos da proposta anexa à convocatória para a assembleia-geral anual, a Efanor Investimentos — a ‘holding’ da família de Belmiro de Azevedo, que é a principal acionista da Sonae — vai propor Paulo Teixeira de Azevedo, Ângelo dos Santos Paupério, José Manuel Neves Adelino, Margaret Lorraine Trainer, Marcelo Faria de Lima, Carlos Moreira da Silva, Fuencisla Clemares, Philippe Haspeslagh, Cláudia Teixeira de Azevedo e João Pedro Torres Dolores para o Conselho de Administração.
Em julho de 2018 tinha já sido anunciado que Cláudia Azevedo – a filha mais nova de Belmiro Azevedo, que morreu em novembro desse ano – sucederia na presidência executiva do grupo ao irmão Paulo Azevedo e a Ângelo Paupério, que partilhavam o cargo. Paulo Azevedo mantém-se, contudo, na presidência não executiva do Conselho de Administração, cargo que ocupa desde 2015.
Esta é a primeira grande mudança do grupo após a morte de Belmiro de Azevedo, em novembro de 2017.
A sucessão na liderança da Sonae foi feita a pedido da Efanor (que detém 53% da Sonae SGPS, 63% da Sonae Capital e 69% da Sonae Indústria), “na sequência da vontade manifestada pelos engenheiros Paulo Azevedo e Ângelo Paupério de, após o termo do atual mandato, passarem o testemunho das funções executivas até agora exercidas”.
O Conselho de Administração da Sonae SGPS justificou na altura a escolha de Cláudia Azevedo dado o “percurso profissional notável no grupo Sonae, que se tem caracterizado pela gestão de portfólios diversificados e pela internacionalização dos negócios de várias participadas”, considerando que tem “experiência e aptidões particularmente adequadas para esta função”.
Já a Efanor mostrou a sua “total concordância” com a escolha de Cláudia Azevedo, considerando também que “se adequa de modo particular ao perfil mais recentemente assumido pelo grupo”.
Nos últimos anos, Cláudia Azevedo foi presidente executiva da Sonae Capital (empresa com negócios em hotelaria, ‘fitness’ e energia), cargo a que, entretanto, renunciou para preparar a presidência executiva da Sonae SGPS.
Da ordem do dia da assembleia-geral de terça-feira constam ainda a votação da proposta da administração da Sonae SGPS de distribuição aos acionistas de um dividendo bruto de 0,0441 euros por ação, mais 5% do que no ano anterior, correspondendo a um ‘dividend yield’ de 5,4% face à cotação de fecho de 31 de dezembro de 2018 (0,81 euros) e a um ‘payout ratio’ de 42% face ao resultado direto atribuível aos acionistas da Sonae.
A agenda da reunião prevê também a aprovação das contas de 2018, ano em que o lucro da Sonae subiu 33,7% para 222 milhões de euros, o volume de negócios cresceu 8,1% para perto dos seis mil milhões de euros, e a rentabilidade melhorou, com uma subida de 26,7% do EBITDA total (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização), para 483 milhões de euros, um aumento de 8,4% do EBITDA subjacente, para 372 milhões de euros, e um incremento de 12,2% do EBITDA recorrente, para 425 milhões de euros.
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