Em declarações aos jornalistas no final de uma visita da ministra da Agricultura, Maria do Céu Albuquerque, Fernando Figueiredo explicou que 70% do negócio da UDACA é feito no mercado internacional.
“Depende muito de como estão os mercados internacionais, fundamentalmente dois mercados que nos afetaram bastante: a China e o Brasil”, frisou.
No que respeita à China, as encomendas pararam devido à covid-19 e a UDACA também parou.
“Felizmente, já recebemos uma encomenda e as coisas estão a correr bem”, contou o responsável.
Relativamente ao Brasil, Fernando Figueiredo considerou que a situação é mais complicada, quer por causa do momento crítico da pandemia que ainda vive, quer pelo “excesso de ‘stocks’ de países próximos”, como o Chile e a Argentina.
“Exportavam fundamentalmente para a China, o que fez com que eles entrassem no mercado brasileiro a preços muito mais baixos. Isso cria-nos problemas nesse mercado, porque não temos preços concorrenciais”, lamentou.
Neste primeiro semestre, a quebra terá sido “de 30 a 40%, não só nesses mercados internacionais, mas também no mercado nacional”, que “teve uma quebra muito acentuada”, acrescentou.
A UDACA teve de recorrer ao ‘lay-off’ a 50%, um processo que já terminou.
“Agora, estamos a recuperar e pensamos que, até ao final do ano, vamos conseguir, não digo recuperar a totalidade, mas chegar próximo disso”, realçou Fernando Figueiredo.
O responsável garantiu que continuará atento às novas medidas que devem ser anunciadas esta semana para o setor, porque pretende “aproveitar tudo para tentar continuar na senda da exportação” e defender as suas marcas.
A UDACA representa as adegas de Penalva do Castelo, Silgueiros, Mangualde, Vila Nova de Tázem e Ervedal da Beira, que, no conjunto, abrangem mais de cinco mil produtores.
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