Escreve o jornal que o banqueiro aceitou convite que lhe foi dirigido pelo presidente do conselho de administração do BFA, Mário Leite Silva. Domingues será também presidente da comissão de auditoria e finanças da Efacec, adianta o Negócios.

O convite é justificado pelo "profundo conhecimento de mercado" de António Domingues.

O BFA é controlado pela Unitel. Em janeiro deste ano, o BPI concretizou a venda de 2% do BFA à Unitel, passado a operadora angolana a controlar o banco.

A venda foi a maneira de o BPI cumprir a exigência do Banco central Europeu (BCE) de reduzir a exposição a Angola, onde Frankfurt considera que a supervisão não é equivalente à europeia.

Face à venda, as participações do BPI e da Unitel no BFA passaram a ser de, respetivamente, 48,1% e de 51,9%.

Nesta data, Fernando Ulrich e José Pena do Amaral renunciaram aos cargos de presidente e vogal do Conselho de Administração do BFA e Mário Leite da Silva, um dos braços diretos da empresária angolana Isabel dos Santos, assumiu a presidência do banco.

António Domingues foi presidente da CGD entre setembro e dezembro de 2016, num curto mandato de quatro meses marcado por várias polémicas, tanto devido aos salários auferidos, acima da gestão anterior, como pela não entrega das declarações de rendimentos e património no Tribunal Constitucional. Antes de ir para o banco público, Domingues era vice-presidente do Banco BPI, cargo que teve até junho de 2016.