Em comunicado hoje enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a Caixa Económica Montepio Geral (Banco Montepio) “informa que, em 21 de dezembro de 2019, o Banco de Portugal concedeu autorização para o exercício de funções de Pedro Manuel Moreira Leitão enquanto vogal executivo do Conselho de Administração para o mandato 2018/2021″.
A proposta para a nomeação de Pedro Leitão como presidente da Comissão Executiva decorrerá na reunião do Conselho de Administração agendada para 07 de janeiro, segundo o mesmo comunicado.
No início de dezembro, a assembleia-geral do banco Montepio aprovou Pedro Leitão como presidente executivo do banco, disse à Lusa, na altura, fonte oficial da Associação Mutualista Montepio Geral, o acionista de controlo do banco Montepio.
Além da indigitação de Pedro Leitão (atualmente no Banco Atlântico Europa) como presidente executivo, segundo fonte oficial, os acionistas aprovaram ainda como administradores não executivos José Nunes Pereira (reformado do Banco de Portugal) e António Egídio dos Reis (reformado da Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões).
Esta reunião foi presidida por Tomás Correia (que se mantém como presidente da mutualista até 15 de dezembro), que propôs ainda Paulo Pedroso (ex-deputado do PS e ex-ministro do Trabalho no governo de António Guterres, atualmente na administração do Banco Mundial) como administrador não executivo do banco, notícia avançada pelo Público. A proposta não foi votada.
O banco Montepio tem estado em instabilidade governativa há vários meses.
Em fevereiro deste ano, Dulce Mota foi nomeada presidente executiva interina, substituindo Carlos Tavares, por este não poder acumular as funções de presidente executivo e presidente não executivo (‘chairman’).
Desde então, contudo, ainda não tinha sido decidida definitivamente a presidência executiva e surgiram várias notícias sobre tensão no banco devido à indefinição estratégica.
O grupo Montepio tem no topo a Associação Mutualista Montepio Geral, com mais de 600 mil associados, que tem como principal empresa subsidiária o banco Montepio, que desenvolve o negócio bancário.
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