Segundo a informação, para o lucro líquido consolidado entre janeiro e setembro contribuiu sobretudo a atividade internacional (onde se inclui a operação em Angola) com 125,4 milhões de euros, mais 13,3 milhões do que no período homólogo de 2015, tendo a atividade doméstica contribuído com 57,5 milhões de euros, neste caso mais 18,6 milhões do que até setembro de 2015.
Nos primeiros nove meses, o BPI registou um ligeiro aumento do produto bancário ligeiro de 1,5%, para 908 milhões de euros, suportado no crescimento da margem financeira de 12,6%, para 555,6 milhões de euros, uma vez que houve uma redução quer das comissões e outros proveitos (líquidos) de 0,9%, para 234,9 milhões de euros, e quer dos ganhos e perdas em operações financeiras de 10%, para 138,4 milhões de euros.
Quanto a gastos, os custos com pessoal ficaram praticamente estáveis, ao avançarem apenas 0,3% face a setembro do ano passado para 284,8 milhões de euros, tendo no total os custos com estrutura do Banco BPI subido 0,7%, para 505,9 milhões de euros, isto já incluindo os impactos com reformas antecipadas e alterações ao acordo coletivo de trabalho.
Quanto ao resultado operacional, esse aumentou 2,5% em termos homólogos, para 402 milhões de euros em setembro passados.
Em termos de crédito, no fim de setembro o banco tinha 23,9 mil milhões de euros concedidos em empréstimos, menos 1,1% em termos homólogos, sendo que também na atividade doméstica se mantém a tendência de queda (-0,5%, para 22,6 mil milhões de euros), apesar de o banco referir algumas melhorias.
"A evolução da carteira de crédito nos últimos trimestres tem evidenciado uma progressiva desaceleração do ritmo de queda e mais recentemente sinais do início de uma trajetória de crescimento, em resultado da retoma do crescimento de crédito a grandes e médias empresas, do aumento da contratação do crédito hipotecário e da expansão do crédito a empresários e negócios que se mantém em níveis elevados", lê-se na informação hoje divulgada.
O rácio de crédito vencido há mais de 90 dias era em setembro de 3,5% e o crédito em risco de 4,6% nas contas consolidadas, em ambos os casos valores muito semelhantes aos 3,6% de dezembro de 2015, tendo as imparidades para crédito constituídas nos primeiros nove meses do ano reduzido 53,3%, para 53 milhões de euros. No total, o BPI tem imparidades (perdas potenciais) acumuladas no balanço de 968,7 milhões de euros.
Quanto a depósitos de clientes, na atividade doméstica aumentaram 5,2%, para 19,8 mil milhões de euros.
Já os recursos de clientes totais caíram 1,3% (467 milhões de euros) em termos consolidados, para 34,5 mil milhões de euros.
O rácio de transformação de depósitos em crédito era no BPI, no fim de setembro, de 86% no consolidado do grupo e de 104% só na operação em Portugal.
Por fim, o BPI fechou setembro com um rácio de solvabilidade Common Equity Tier 1 de 11,4%, com as regras do período de transição e de 11% com as regras totalmente implementadas.
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