“O setor financeiro português tem uma média etária relativamente elevada e por isso tivemos redução [de trabalhadores] nos últimos anos e vamos ter de fazer renovação de quadros. Também o modelo de negócio se alterou e as pessoas têm de se adaptar e nós temos de nos adaptar. Nós, no BPI, não temos um objetivo concreto para redução de pessoas”, afirmou João Pedro Oliveira e Costa, em Lisboa, na conferência de imprensa de apresentação de resultados dos primeiros nove meses do ano.

Contudo, o banco tem avançado com a saída de trabalhadores. Entre janeiro e setembro, houve a saída de 77 empregados por reformas antecipadas e rescisões por mútuo acordo, processo em que foram gastos 13,9 milhões de euros.

Segundo o presidente executivo do BPI, o seu objetivo na liderança do banco não é reduzir custos, mas “ganhar negócio, quota de mercado”, pois assim o banco “conseguirá reter mais pessoas”.

“Queremos ir pelo lado do crescimento e não tanto pela contenção de custos. O meu objetivo não é o ‘cost-to-income’ [custos face a receitas], é o ‘income’ [receitas]”, disse.

No final de setembro, o BPI tinha 4.538 funcionários e 375 unidades comerciais (entre balcões, centros de empresa). Face a setembro de 2020, a redução é de 84 pessoas e de 47 balcões.

Os principais bancos a operar em Portugal têm estado este ano a fazer processos de reestruturação, que passam nomeadamente pela saída de milhares de trabalhadores.

BCP e Santander Totta têm tido os processos mais ‘agressivos’, recorrendo inclusivamente a despedimentos coletivos.

O BCP está a fazer um despedimento coletivo de 23 trabalhadores, além dos trabalhadores que aceitaram sair por rescisão por mútuo acordo, reforma antecipada e pré-reforma. No total do ano o banco espera reduzir 800 trabalhadores.

O Santander Totta pretende a saída de 685 trabalhadores. Neste banco são 145 os trabalhadores alvo de despedimento coletivo, saindo os restantes por acordo (reformas antecipadas e rescisões por mútuo acordo).

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