“Temos procedimentos e regras, estamos todos comprometidos com o cumprimento das regras”, disse Centeno, à entrada para o Conselho Europeu, que hoje inclui uma cimeira da zona euro em formato inclusivo.
“Há diálogos construtivos a decorrer e a nossa função é a de produzir planos orçamentais de acordo com as regras e que reforcem a nossa moeda comum”, sublinhou o também ministro das Finanças português, lembrando que a questão do orçamento italiano não está na agenda dos trabalhos e será discutido “na altura devida”.
“A Europa mostrou ao longo da última década uma capacidade de se reformar e de resistir às crises”,disse ainda.
Na última reunião do Eurogrupo, no dia 01, no Luxemburgo, tanto Mário Centeno quanto o comissário europeu para os Assuntos Económicos e Financeiros, Pierre Moscovici, salientaram que a proposta de Roma de aumentar o défice está “fora das regras europeias”.
O Governo italiano propôs em setembro aumentar o défice para os próximos três anos até 2,4% do Produto Interno Bruto (PIB), como pediam os dois partidos que formam o executivo de coligação, o Movimento Cinco Estrelas (M5S) e a Liga, e contra os avisos do ministro da Economia, Giovanni Tria, que não queria subir o défice acima de 1,6%.
A decisão surge no chamado Documento de Economia e Finanças (DEF), que Itália publica anualmente e que apresenta o quadro macroeconómico para o país para o ano em curso e os objetivos para o triénio seguinte.
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