“Num mundo globalizado, quem recorre a uma guerra comercial está a seguir a receita errada”, afirmou Wang Yi, em conferência de imprensa.
“A História ensinou-nos que as guerras comerciais nunca são o caminho correto para a resolução de problemas”, acrescentou.
O presidente dos EUA, Donald Trump, suscitou o protesto de vários países, na semana passada, após anunciar a imposição de taxas aduaneiras de 25%, para as importações de aço, e 10%, para as de alumínio.
Face às reações do Canada, União Europeia e China, Trump ameaçou os parceiros comerciais com “impostos recíprocos”, e garantiu que as guerras comerciais são “boas e fáceis de ganhar”.
A China é o maior produtor mundial de aço e alumínio, mas fornece menos de 2% do aço importado pelos EUA, pelo que aquelas taxas teriam um impacto reduzido na indústria chinesa.
No entanto, Washington tem lançado investigações ‘antidumping’ – preço de comercialização abaixo do custo de produção – sobre vários produtos da China, desde máquinas de lavar roupa a painéis solares e contraplacado.
Em agosto passado, o governo de Trump lançou ainda uma investigação para averiguar se Pequim exige indevidamente que as empresas estrangeiras transfiram tecnologia, em troca de acesso ao mercado.
As duas maiores economias do mundo “têm responsabilidades para com os seus povos, mas também para com o resto do planeta”, afirmou Wang Yi.
O ministro chinês disse desejar que os dois países “se sentem na mesa de negociações para encontrar soluções mutuamente benéficas”.
Em janeiro, o superavit comercial da China com os Estados Unidos fixou-se em 22 mil milhões de dólares, mantendo-se praticamente inalterado face ao mesmo mês do ano anterior.
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