De acordo com os inquéritos de conjuntura às empresas e aos consumidores, hoje divulgados, “o indicador de confiança dos consumidores aumentou de forma ténue em junho, depois dos aumentos significativos observados nos três meses anteriores, registando o valor máximo desde fevereiro de 2020 (resultados do último inquérito não afetados pela evolução da pandemia)”.

Já o indicador de clima económico “aumentou entre março e junho, de forma moderada no último mês, superando nos últimos dois meses o nível observado no início da pandemia (março de 2020)”.

Segundo o INE, o indicador de confiança dos consumidores recuperou de -12,8 pontos em maio para -12,6 pontos em junho e o indicador de clima económico avançou de 1,8 pontos para 2,2 pontos.

Em junho, os indicadores de confiança aumentaram na indústria transformadora, no comércio e nos serviços, tendo, no último caso, atingido pela primeira vez um nível que supera o observado em março de 2020.

Em sentido contrário, o indicador de confiança diminuiu na construção e obras públicas, interrompendo o perfil ascendente iniciado em maio de 2020 e após ter atingido, em maio passado, o máximo desde janeiro de 2020.

Na indústria transformadora, o indicador de confiança “aumentou em maio e junho, de forma expressiva no primeiro caso, prolongando o perfil de recuperação observado nos últimos cinco meses e atingindo o máximo desde janeiro de 2018”.

Já o indicador de confiança do comércio aumentou entre março e junho, após ter diminuído nos dois primeiros meses do ano, atingindo o valor máximo desde fevereiro de 2019.

Quanto ao indicador de confiança dos serviços, “aumentou expressivamente entre março e junho, prolongando o perfil ascendente iniciado em junho de 2020 e superando pela primeira vez o nível verificado no início da pandemia (março de 2020)”, aponta o instituto.

De acordo com o INE, a evolução em junho do indicador de confiança dos consumidores “resultou sobretudo do contributo positivo das expectativas relativas à evolução passada da situação financeira do agregado familiar, tendo as perspetivas sobre a evolução futura da realização de compras importantes também contribuído positivamente”.

Em sentido contrário, as expectativas relativas à evolução futura da situação financeira do agregado familiar e da situação económica do país “contribuíram negativamente, de forma muito ténue no último caso”.

O saldo das expectativas relativas à evolução futura da situação económica do país “diminuiu ligeiramente em junho, após os aumentos expressivos registados entre março e maio”, aproximando-se nos últimos dois meses dos valores registados no início de 2020, antes da pandemia.

Para o inquérito de conjuntura de junho de 2021, os períodos de recolha de informação decorreram entre 01 e 16 (dias úteis) deste mês no caso do inquérito aos consumidores, com 1.272 respostas obtidas (entrevistas telefónicas), e entre 01 e 24 no caso dos inquéritos às empresas.