A reunião com a primeira-ministra do Reino Unido será o primeiro ponto da agenda de dois dias da presença de António Costa em Londres, numa deslocação que terá um caráter predominantemente económico.
Antes de viajar de comboio para Londres, António Costa vai visitar, em Lille, uma fábrica do grupo português Simoldes, fornecedora de componentes em plástico para a indústria automóvel e que em 2017 teve uma faturação de 46 milhões de euros e emprega 240 pessoas. O primeiro-ministro esteve no domingo, segunda-feira e a manhã de terça-feira em França no âmbito das celebrações do centenário da Batalha de La Lys.
No encontro com Theresa May, António Costa deverá reiterar a posição portuguesa em relação ao processo de saída do Reino Unido da União Europeia.
Uma questão em que o primeiro-ministro português, em sucessivas declarações públicas, sempre se demarcou da corrente de Bruxelas que reclamou negociações duras com Londres.
“O primeiro-ministro português vai auscultar Theresa May sobre a avaliação que o Reino Unido faz do atual momento negocial tendo em vista a conclusão do acordo de saída. Mas a reunião servirá, sobretudo, para preparar o quadro da relação futura a nível bilateral”, referiu a mesma fonte do Governo.
No primeiro dia de presença em Londres, ao início da noite, António Costa estará ainda numa receção com a comunidade portuguesa residente em Londres.
O segundo dia do primeiro-ministro na capital britânica, na quarta-feira, será totalmente dominado pela agenda económica, começando com um pequeno almoço com potenciais investidores.
António Costa participa depois num fórum de negócios “Portugal/Reino Unido – uma ocasião para apresentar os mais relevantes indicadores sobre a evolução da economia portuguesa ao longo dos últimos.
Nesta sua visita, o primeiro-ministro estará ainda numa segunda conferência económica sobre negócios entre Portugal e a Índia, que tem uma comunidade considerada poderosa do ponto de vista económico na Grã-Bretanha.
Durante a visita de Estado que António Costa realizou à Índia, em janeiro de 2017, o primeiro-ministro anunciou uma unidade de missão para candidatar Portugal a receber empresas de países terceiros que tencionem deslocalizar-se na sequência da saída do Reino Unido da União Europeia.
“Portugal pode ser uma excelente plataforma para empresas que estão instaladas na União Europeia e que não têm vontade de sair deste espaço”, declarou então António Costa perante uma plateia de empresários indianos.
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