Em comunicado, a empresa referiu que “depois de uma queda muito significativa na constituição de novas empresas em março e abril, é visível uma recuperação na dinâmica empresarial”, alertando, no entanto, que esta tendência “não é igual para todos os setores”, sendo que globalmente, e em comparação com o período homólogo, a criação de empresas em setembro caiu 7%. Desde o início do ano, a queda acumula já 19%, face a 2019.

Assim, lembrou a consultora, “entre maio e setembro, apenas o retalho e a agricultura e outros recursos naturais registam maior número de constituições de empresas do que em 2019, mas em setembro metade dos setores já supera o número de empresas criadas no mesmo mês do ano passado”.

De acordo com a Informa D&B “no retalho, que tinha começado o ano com um recuo face aos meses homólogos, são as empresas de vendas à distância (comércio a retalho por correspondência ou via internet) que estão a ser responsáveis por grande parte deste crescimento, com 275 novas empresas a serem criadas desde maio, quase o dobro do que no período homólogo”, lê-se na mesma nota.

Em sentido contrário, os setores “dos transportes e das atividades imobiliárias são os mais penalizados, registando em setembro as maiores quedas face ao período homólogo, respetivamente 73% e 12%”, indicou a empresa.

Entre janeiro e setembro, nasceram 27.792 empresas, adiantou a consultora.

No que diz respeito aos encerramentos, o setor dos transportes “é o único a registar um valor mais elevado do que em 2019. Esta subida, ainda que ligeira (+44) deve-se ao aumento dos encerramentos nas empresas de transporte ocasional de passageiros em veículos ligeiros”, de acordo com os dados recolhidos pela Informa D&B.

A empresa adiantou ainda que desde maio “já foram encerradas 4.740 empresas, com a tendência a mostrar-se semelhante à do início do ano: -10% em janeiro e fevereiro e de -16% entre maio e setembro”.

Assim, desde maio até 30 de setembro, “as novas insolvências (+12%) mostram tendências semelhantes aos do início do ano (+11%)”.

Neste período, “os valores são semelhantes aos do ano passado na maioria dos setores de atividade, mas com alguns setores a apresentar já uma subida dos novos processos de insolvência, como é o caso do alojamento e restauração (total 146; +73 que em 2019) em especial no distrito de Lisboa, serviços gerais (total 103; +35 casos) e indústrias (total 266; +26 que em 2019)”.

A Informa D&B concluiu que “a indústria se mantém com o maior número de insolvências em termos absolutos. Na totalidade do tecido empresarial, registaram-se 1.770 novas insolvências desde o início de 2020, o que representa um crescimento de 6,9% face a 2019 (+114 casos)”, de acordo com o mesmo comunicado.

A consultora alertou ainda que “os números de encerramentos e insolvências até final de setembro deverão ser entendidos à luz das medidas de apoio que o Estado português colocou à disposição das empresas e, por outro lado, ao facto de estes processos serem normalmente demorados e, no caso das insolvências, envolverem os tribunais, cuja atividade foi afetada durante a pandemia”.