De acordo com uma análise feita pela empresa de informação comercial, financeira e de risco de empresas, as novas constituições baixaram de 3.995 em abril de 2019 para 1.024 no mesmo mês deste ano, traduzindo-se numa diminuição de 74,4%.
Já o primeiro quadrimestre deste ano fecha com uma descida de 34,6% de novas constituições, face ao período homólogo, com um total de 13.084 novas empresas, menos 6.927 do que em 2019.
Por regiões, Lisboa lidera com 4.281 novas empresas, um decréscimo de 32,4% face ao mesmo período do ano passado, o Porto regista 2.402 novas empresas e uma diminuição de 34,4%, e na terceira posição está Braga, com 973 novas empresas e uma redução homóloga de 35,7%.
Em termos percentuais, os decréscimos mais acentuados pertencem aos distritos de Aveiro (60,4%), Leiria (43,3%), Évora (42,7%) e Bragança (42%).
Até ao final do mês de abril, apenas o setor da eletricidade, gás e água apresentava um aumento, de 6,9%, com 77 novas empresas.
Por outro lado, as diminuições mais significativas verificam-se na indústria extrativa (-80%), no comércio por grosso (-37,9%), na construção e obras públicas (-37,7%) e comércio a retalho (-37,5%).
O setor da hotelaria e restauração baixa 37,1%, com menos 769 constituições, decrescendo de 2.071 em 2019 para 1.302 novas empresas no mesmo período deste ano.
O “Grande Confinamento”, devido à pandemia de covid-19, levou o Fundo Monetário Internacional (FMI) a fazer previsões sem precedentes nos seus quase 75 anos: a economia mundial poderá cair 3% em 2020, arrastada por uma contração de 5,9% nos Estados Unidos, de 7,5% na zona euro e de 5,2% no Japão.
Para Portugal, o FMI prevê uma recessão de 8% e uma taxa de desemprego de 13,9% em 2020.
Já a Comissão Europeia estima que a economia da zona euro conheça este ano uma contração recorde de 7,7% do PIB, como resultado da pandemia da covid-19, recuperando apenas parcialmente em 2021, com um crescimento de 6,3%.
Para Portugal, Bruxelas estima uma contração da economia de 6,8%, menos grave do que a média europeia, mas projeta uma retoma em 2021 de 5,8% do PIB, abaixo da média da UE (6,1%) e da zona euro (6,3%).
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