“A crise atual não terminou, e mesmo depois de passar, terá repercussões durante vários anos”, afirmou o líder do maior banco norte-americano em termos de ativos, num documento que figura no relatório anual.

Em poucos dias, o setor bancário foi abalado pelo colapso de três bancos norte-americanos e pelas dificuldades no Credit Suisse que levaram à sua aquisição pelo rival UBS.

“Ainda que seja verdade que a crise bancária ‘beneficiou’ os grandes bancos, que receberam depósitos que estavam em instituições mais pequenas, a ideia de que este colapso foi bom seja para quem for é absurda”, considerou Jamie Dimon.

Na semana em que o Silicon Valley Bank (SVB) e o Signature Bank encerraram, os pequenos bancos viram os seus depósitos diminuírem em 185 mil milhões de dólares, enquanto os grandes nomes da praça tiveram uma subida de 120 mil milhões, de acordo com números do banco central dos Estados Unidos.

“Estas falências não foram boas para nenhum banco, independentemente da sua dimensão”, insistiu o líder do JPMorgan Chase. “Qualquer crise que afete a confiança dos americanos nos seus bancos é má para todos os estabelecimentos bancários”, considerou.

“E mesmo que isto não tenha nada a ver com 2008, não é fácil determinar quando esta crise vai terminar”, escreveu Dimon, que espera que a situação leve “a um aperto nas condições financeiras, à medida que os bancos e outros credores se tornam mais cautelosos”.