O Deutsche Bank tem atualmente cerca de 400 trabalhadores em Portugal, com 50 balcões, e, de acordo com Bernardo Meyrelles, irá fechar 15 destes, sobretudo nas cidades de Lisboa e do Porto, onde há agências mais próximas entre si.
Em contrapartida, afirmou, o plano passa pela abertura de seis centros de investimento, dos quais quatro já estão em funcionamento, onde dará preferência a clientes com mais alto valor patrimonial.
Neste processo, o banco irá também diminuir trabalhadores, mas para já foram relevados quantos sairão.
"Este processo de reestruturação está a ser planeado há mais de um ano e passa por preparar o banco para um modelo de negócio bancário que não necessita de tanta presença física, que é mais digital", afirmou o presidente do Deutsche Bank em Portugal, referindo ainda que a instituição está ainda "a intensificar" a aposta no crédito à habitação e a empresas.
Bernardo Meyrelles garantiu também que estas alterações não têm que ver com as últimas notícias sobre os problemas do alemão Deutsche Bank, considerando que os clientes compreendem que tem havido empolamento mediático de uma situação já conhecida, referindo-se à multa da Justiça norte-americana.
O Governo alemão disse hoje que não está a preparar um plano para ajudar o banco Deutsche Bank, desmentindo informações da imprensa alemã, que falava num eventual resgate ao maior banco daquele país.
O Deustche Bank, que já estava sob pressão, tem sido cada vez mais motivo de preocupação desde que a justiça norte-americana exigiu o pagamento de 14 mil milhões de dólares para resolver um antigo litígio nos Estados Unidos, montante que poderá, no entanto, vir a ser reduzido em negociações.
O Deutsche Bank é acusado, como outros grandes bancos, de ter vendido antes do início da crise financeira de 2008 créditos imobiliários convertidos em produtos financeiros, apesar de saber que não tinham qualidade.
A sucursal do Deutsche Bank em Portugal gerou, em 2015, lucros de cerca de 15 milhões de euros.
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