A informação resulta de dados do Ministério das Finanças a que a Lusa teve hoje acesso, sobre a arrecadação de receitas com a venda de diamantes no segundo mês de 2017, apontando que Angola vendeu 796.053 quilates, contra os 641.983,42 quilates exportados em janeiro, então por 72,8 milhões de dólares (68,2 milhões de euros).
Em fevereiro, estas vendas ascenderam a 89 milhões de dólares (83,5 milhões de euros), mas a cotação por quilate desceu para 111,87 dólares, contra os 113,43 dólares do primeiro mês do ano.
Estas vendas representaram ainda um encaixe fiscal, em receita para o Estado através de cobrança de Imposto Industrial e pagamento de royalties pelas empresas mineiras, no valor de 884,6 milhões de kwanzas (quase cinco milhões de euros), menos de metade face ao mês anterior, de janeiro.
Os diamantes renderam a Angola 1.082 milhões de dólares (1.022 mil milhões de euros) em 2016, uma redução de 100 milhões de dólares (94,5 milhões de euros) comparativamente a 2015, segundo dados avançados em dezembro pelo ministro da Geologia e Minas de Angola, Francisco Queirós.
“Em 2016, o subsetor dos diamantes registou um bom desempenho no que se refere à produção industrial, tendo-se registado uma diminuição considerável no mercado artesanal motivado pela escassez de divisas no mercado cambial”, explicou o ministro.
A produção total de diamantes atingiu os 8.934.000 quilates, o correspondente a 99,21% da meta corrigida de 2016.
“Se não tivesse havido uma diminuição considerável na produção artesanal de quase 60% da produção, o volume total de diamantes este ano teria ultrapassado a meta e atingido cerca de 102% da cifra programada” disse o governante.
O ministro anunciou anteriormente a entrada em operação do maior kimberlito do mundo, o Luaxe, na província angolana da Lunda Sul e de outros projetos de média e pequena dimensão nas províncias diamantíferas das Lundas Norte e Sul, de Malange, do Bié e do Cuando Cubango.
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