Trata-se do ritmo de crescimento mais acelerado no espaço de um ano. No trimestre anterior, a economia chinesa cresceu 2,9%.
A expansão do PIB entre janeiro e março é também mais alta do que o esperado pelos analistas e foi estimulada pelo aumento do consumo, à medida que as pessoas passaram a ir aos centros comerciais e restaurantes, após o levantamento das medidas de prevenção contra a covid-19.
Os analistas previam um ritmo de crescimento de cerca de 4%.
Em março, as vendas a retalho de bens de consumo aumentaram 10,6%, em termos homólogos, e 7,1%, comparando com os dois primeiros meses do ano.
“A combinação do aumento constante na confiança do consumidor, bem como a libertação completa da procura reprimida, sugerem que a recuperação liderada pelo consumo ainda tem espaço para andar”, disse Louise Loo, economista da consultora Oxford Economics, num relatório.
Embora o consumo e as vendas a retalho tenham crescido, outros indicadores económicos, incluindo a produção industrial e investimento em ativos fixos, revelam um crescimento mais fraco, indicando uma recuperação desigual.
A produção industrial, que mede a atividade nos setores transformador, mineração e energia, cresceu 3,9%, em março, em comparação com o mesmo período do ano passado.
O investimento em ativos fixos, que inclui infraestruturas e outras grandes obras públicas que Pequim usa para impulsionar o crescimento económico, subiu 5,1%, nos primeiros três meses de 2023, em comparação com o mesmo período do ano passado. O crescimento foi de 5,5% nos dois primeiros meses do ano.
O Governo chinês estabeleceu a meta de crescimento económico deste ano em “cerca de 5%”.
O ritmo de crescimento da economia chinesa caiu para 3%, o ano passado, o segundo nível mais baixo em pelo menos quatro décadas, refletindo o impacto da política ‘zero covid’ e a crise no setor imobiliário.
O ritmo de crescimento do PIB deve acelerar no próximo trimestre, em termos homólogos, devido ao período de comparação coincidir com o bloqueio de Xangai, que teve forte impacto na atividade económica, de acordo com Louise Loo. A economista previu que o crescimento abrande na segunda metade do ano.
Na segunda-feira, o banco central da China manteve as taxas de juros inalteradas. Na semana passada, prometeu intensificar o apoio à economia e manter ampla liquidez para apoiar o crescimento.
Comentários