A ITSector, uma empresa portuguesa de base tecnologia, sediada no Porto, decidiu abrir em Bragança o quinto centro tecnológico, num investimento “na ordem de 500 mil euros” com 20 colaboradores que indicou pretender “triplicar até ao final do ano”.
Para o presidente do Brigantia EcoPark, que é também presidente da Câmara de Bragança, Hernâni Dias, esta é a prova de que este projeto “não é um elefante branco”, apesar de ainda haver pessoas que “continuam a pensar que está sem atividade nenhuma”.
O Brigantia Ecopark foi lançado em março de 2012 com a perspetiva de, numa década, criar 480 postos de trabalho e atrair 110 empresas, com um investimento de 9,5 milhões de euros.
O espaço foi inaugurado há dois anos e, segundo Hernâni Dias, encontram-se ali instaladas 14 empresas com 61 postos de trabalho, o que afirmou equivaler a “cerca de 30%” e “claramente acima daquilo que era a perspetiva inicial”.
O responsável considerou que a nova empresa enquadra-se na filosofia inicial do parque tecnológico, pensado como um espaço para acolher empresas e desenvolver investigação nas áreas do ambiente, energia, ecoconstrução e ecoturismo em parceria com o Instituto Politécnico de Bragança.
A base de apoio e recrutamento de colaboradores foi o politécnico de Bragança, como indicou o presidente do grupo ITSector, Renato Oliveira, esclarecendo que Bragança foi escolhida para a instalação do quinto centro “porque o politécnico local está muito bem cotado a nível nacional”.
“Tem uma capacidade de captação de alunos estrangeiros muito grande – para nós é fundamental o domínio perfeito da língua inglesa - e é uma ‘universidade’ que tem um rácio de alunos internacionais muito elevado”, afirmou.
A ITSector foi criada em 2005 e é especializada, como explicou, “na transformação digital dos bancos”, criando “soluções que permitem aos clientes, no seu dia-a-dia, usarem a tecnologia para facilitar o acesso”.
A empresa tem dois grandes centros no Porto e em Lisboa, e mais três em Braga, Aveiro e Bragança, onde contam com o apoio do ensino superior local.
O principal mercado é Portugal, mas tem também negócios em outros países europeus e em África e está a “tentar entrara n os Estados Unidos da América”.
A obra do Brigantia EcoPark foi lançada em 2012 e a inauguração ocorreu três anos depois, sem qualquer empresa instalada.
O presidente Hernâni Dias afirmou hoje que atualmente estão instaladas no local 14 empresa com “várias atividades, desde a vertente de produtos agrícolas, componente de inovação ao nível de sistemas de controlo de aquecimentos e ar condicionado e outras áreas”.
O Brigantia Ecopark está a ser trabalhado desde 2004, época em que surgiu, a nível nacional, a ideia dos polos tecnológicos vocacionados para a investigação e desenvolvimento em áreas específicas regionais.
O projeto faz parte do Parque de Ciência e Tecnologia de Trás-os-Montes e Alto Douro que engloba, além do de Bragança, o Régia-Douro Park, em Vila Real.
A concretização dos projetos resultou de uma parceria entre as câmaras de Vila Real e Bragança, o Instituto Politécnico de Bragança (IPB), Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) e a PortusPark.
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