O inquérito divulgado hoje, com referência a 2017, compara com a primeira edição, com dados de 2014 e publicada pelo INE em 2015.
Assim, em 2017, o indicador global de custos de contexto, que agrega nove domínios, registou um valor intermédio de 3,05 pontos numa escala de 1 a 5, semelhante ao registado em 2014.
Entre os domínios em análise, as empresas identificaram os maiores obstáculos, à semelhança do registado em 2014, no sistema judicial, nos licenciamentos e no sistema fiscal.
No domínio dos recursos humanos foi, no entanto, onde se registou o maior aumento entre 2014 e 2017, 0,17 pontos, refletindo principalmente dificuldades na contratação de trabalhadores (0,28 pontos) e no acesso a técnicos qualificados (0,23 pontos).
Por setor de atividade, o setor do alojamento e restauração continuou a apresentar o indicador mais elevado (3,16), apesar da diminuição face a 2014 (de 0,05 pontos).
Por dimensão, as empresas de pequena e média dimensão continuaram a ser aquelas que apresentaram o indicador mais elevado, 3,09 pontos (0,02 que em 2014), enquanto as de micro dimensão percecionaram níveis de custos de contexto mais baixos (2,94 em 2017, menos 0,4 pontos do que em 2014).
Em 2017, no conjunto dos custos associados ao cumprimento das obrigações de informação, 88,5% foi suportado com meios da própria empresa e 13,5% determinado pela subcontratação de terceiros.
A prestação e entrega de informação empresarial e fiscal registou o maior peso no custo médio anual com o cumprimento das obrigações de informação (37,5%), seguida das licenças, certidões, autorizações ou permissões (23,2%).
O Inquérito aos Custos de Contexto pretende conhecer a perceção das empresas relativamente à existência, evolução e impacto dos custos de contexto na sua atividade económica.
Entendem-se como custos de contexto, os efeitos negativos decorrentes de regras, procedimentos, ações e/ou omissões que prejudicam a atividade das empresas e que não são imputáveis ao investidor, ao negócio ou à organização, explica o INE.
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