Em comunicado enviado em 18 de maio, o SEAL referiu que o pré-aviso de greve ao trabalho para lá do período normal, em dias úteis, e “sobre todo o trabalho em sábados, domingos e feriados”, entre as 08:00 de segunda-feira e as 08:00 de 02 de junho, foi emitido no passado dia 06.

O sindicato afirmou, na altura, que tinha “algum otimismo moderado” num “entendimento global” na reunião realizada na passada quinta-feira, “a última que seria possível realizar antes de a anunciada greve se tornar efetiva”.

“Para nosso espanto, chegou ao nosso conhecimento que, na véspera da reunião, o grupo Yilport tinha subido mais um degrau nas suas práticas anti-sindicais, determinando que seria averbada falta injustificada e, adicionalmente, seria impedido de retomar o trabalho nas 24 horas seguintes qualquer trabalhador, dos seus quadros ou da ‘pool’, que não comparecesse na empresa em virtude da realização de qualquer reunião de trabalhadores que as mesmas, unilateral e discricionariamente considerassem ‘ilegal'”, lê-se no documento.

O sindicato acrescentou que outras “práticas anti-sindicais” estão a ser analisadas pelo Ministério Público e que vários exemplos estavam enumerados no pré-aviso de greve, sublinhando que a posição da empresa acabou por dominar a reunião de quinta-feira.

“O representante da empresa do grupo Yilport dividiu-se entre as ordens que alegadamente teria que receber de Istambul e a sua argumentação jurídica tão radical e incompreensível que nem os seus próprios pares a corroboram”, segundo o comunicado.

O texto no pré-aviso de greve acrescenta-se também como motivos os impasses na atualização salarial e na distribuição do trabalho do porto.