Em janeiro as exportações e as importações tinham registado aumentos homólogos nominais de 19,1% e 22,4%, pela mesma ordem.
Segundo as Estatísticas do Comércio Internacional do Instituto Nacional de Estatística (INE), excluindo os combustíveis e lubrificantes, as exportações cresceram 5,5% e as importações aumentaram 4% (respetivamente +16,6% e +15,1% em janeiro de 2017).
Em fevereiro, o défice da balança comercial de bens situou-se em 746 milhões de euros em fevereiro de 2017, representando um aumento de 58 milhões de euros face ao mês homólogo de 2016.
Excluindo os Combustíveis e lubrificantes, a balança comercial atingiu um saldo negativo de 456 milhões de euros, uma redução de 35 milhões de euros em relação ao mesmo mês de 2016.
No trimestre terminado em fevereiro de 2017, as exportações e as importações de bens aumentaram respetivamente 13,3% e 14,7% face ao período homólogo (respetivamente +12,9% e +14,7% no trimestre terminado em janeiro de 2017).
O INE explica que o aumento homólogo de 9% das exportações em fevereiro aconteceu sobretudo em resultado das exportações para os países extra-União Europeia (UE), que cresceram 29,9% (menos que os 32,9% em janeiro de 2017).
Já as importações aumentaram 8,9% (+22,4% em janeiro de 2017) devido à evolução registada em ambos os tipos de comércio: 4,9% no comércio intra-UE (16,9% em janeiro de 2017) e 24,7% no comércio extra-UE (41,3% em janeiro de 2017).
Face ao mês anterior, as exportações cresceram 0,2%, em resultado do aumento registado nas exportações extra-UE, dado que no comércio intra-UE se verificou uma redução, enquanto as importações diminuíram 3,9%, essencialmente em resultado da redução registada nas importações de países fora da UE.
As exportações registaram em fevereiro aumentos homólogos em todas as grandes categorias económicas, destacando-se o acréscimo verificado nos combustíveis e lubrificantes – de 79,8% -, essencialmente nos produtos transformados.
No período, apenas as importações de bens de consumo diminuíram em relação ao mesmo mês de 2016, sendo que, “tal como nas exportações, evidencia-se claramente o aumento das importações de combustíveis e lubrificantes, sobretudo produtos primários”.
Tendo em conta os principais países de destino em 2016, apenas três registaram em fevereiro reduções nas exportações face ao mesmo mês de 2016: Alemanha, Bélgica e Países Baixos. Nos restantes principais países verificaram-se aumentos, salientando-se os crescimentos das exportações para Espanha, EUA e Angola (10%, 53,5% e 61,1%, respetivamente).
Nas importações, em fevereiro o maior destaque foi o acréscimo nas importações com origem na Rússia (justificado pela importação de óleos brutos de petróleo e fuelóleo), seguindo-se as importações provenientes de Espanha e Alemanha.
Globalmente, no conjunto do ano 2016 as exportações de bens aumentaram 1% e as importações cresceram 1,3% face ao ano anterior.
O mercado espanhol foi “o que mais contribuiu” para o aumento global das exportações, enquanto nas importações foi a Rússia devido à aquisição de combustíveis, sendo que em termos dos produtos transacionados destacou-se em 2016 o aumento das exportações de bens de consumo e das importações de material de transporte.
Em sentido contrário, nota o INE, continuaram a registar-se “reduções significativas” nas transações de combustíveis: excluindo os combustíveis e lubrificantes, as exportações atingiram um crescimento de 2,5% e as importações de 4,9% no ano passado.
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