Segundo a análise hoje divulgada pela Fitch, apesar de as receitas terem desacelerado no terceiro trimestre, após um bom primeiro semestre, o controlo de custos continuou e as imparidades para crédito foram particularmente baixas o que suporta os lucros dos 20 maiores bancos europeus, em alguns casos sendo mesmo melhores do que os lucros anteriores à crise da covid-19.
A qualidade dos ativos continua boa, apresentando poucos ou nenhuns sinais de deterioração, diz a Fitch, mas os bancos continuam prudentes a libertar provisões. A média do rácio do crédito malparado nestes 20 bancos desceu de 2,8% em junho para 2,5% em setembro.
A Fitch espera apenas uma “moderada” deterioração qualidade dos ativos na maioria destes bancos em 2022, mas recorda que continua a haver riscos devido às medidas restritivas para conter a covid-19.
Já os indicadores de capital continuam fortes e a distribuição de dividendos aos acionistas não deverá enfraquecer o capital dos bancos.
A Fitch espera que em 2022 os bancos continuem a recuperação de lucros e mantenham ativos de qualidade e capitalização adequada. Para além disso, novos planos de redução de custos deverão ser anunciados.
A Fitch antevê, para 2022, a possibilidade de fusões e aquisições seletivas, em áreas como gestão de ativos, crédito ao consumidor
Nos 20 grandes bancos analisados pela Fitch não há bancos portugueses, mas estão incluídos os grupos bancários espanhóis Santander e CaixaBank, que detêm o Santander Totta e o BPI, respetivamente.
Os restantes bancos analisados são Banco Bilbao Vizcaya Argentaria, Barclays, BNP Paribas, Credit Agricole, Credit Suisse, Danske Bank, Deutsche Bank, Groupe BPCE, HSBC, ING, Intesa Sanpaolo, Lloyds, NatWest, Nordea Bank, Societe Generale, Standard Chartered, UBS, UniCredit.
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