Nas “Previsões Económicas Globais” (WEO, na sigla em inglês), divulgadas hoje, o Fundo Monetário Internacional (FMI) mostra-se ligeiramente mais otimista para este ano, projetando um crescimento 0,2 pontos percentuais acima do que esperava em outubro, refletindo “surpresas positivas e a resiliência acima do esperado em várias economias”.

A instituição liderada por Kristalina Georgieva prevê, assim, que o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) mundial, estimado em 3,4% em 2022, caia para 2,9% este ano, antes de subir para 3,1% em 2024.

“Não é esperado um crescimento negativo no PIB global ou no PIB global ‘per capita’, o que geralmente acontece quando há uma recessão”, assinala.

Contudo, dá nota de que o crescimento global projetado para 2023 e 2024 se fixa abaixo da média anual de 3,8% no período 2000-19.

A pesar na atividade económica no ano passado estiveram, aponta, a inflação, a guerra na Ucrânia e o ressurgimento da covid-19 na China, alertando que os dois primeiros fatores irão continuar em 2023.

“A previsão de baixo crescimento em 2023 reflete o aumento das taxas dos bancos centrais para combater a inflação — especialmente nas economias avançadas — bem como a guerra na Ucrânia”, explica.

Já o declínio no crescimento em 2023 face a 2022 é influenciado pelas economias avançadas, já que nas emergentes e em desenvolvimento, estima-se que o crescimento tenha atingido o ponto mais baixo em 2022.