A dirigente do Sindicato das Indústrias Elétricas do Sul e Ilhas (SIESI), Ana Romão, disse à Lusa que a adesão à greve “é da ordem dos 90%” no ‘callcenter’ da EDP, onde estão adstritos cerca de 1.500 trabalhadores da Randstad, e no da NOS, onde trabalham perto de 500.

Por sua vez, o dirigente do Sindicato Nacional dos Trabalhadores dos Correios e Telecomunicações (SNTCT), Vítor Narciso, que representa trabalhadores da Ranstad nos ‘callcenters’ da MEO e da NOS em Lisboa, afirmou que a adesão ao protesto é de 50%.

“A greve está com uma boa adesão, da ordem dos 50%, entre os cerca de 610 trabalhadores que estão nos edifícios da MEO e da NOS, em Lisboa” afirmou Vítor Narciso.

Os trabalhadores estão em greve entre os dias 24 de dezembro e 02 de janeiro, depois de a empresa se ter recusado a elaborar uma escala de feriados de Natal e fim de ano.

“Há pessoas que estão há três ou quatro anos sem passar o Natal com a família”, disse Ana Romão, acrescentado que a maioria dos trabalhadores recebe o salário mínimo nacional (atualmente de 557 euros) e que a empresa continua a “recusar-se a negociar as condições salariais”.

“É vergonhoso que uma empresa com 586 mil euros de lucro mantenha trabalhadores, nalguns casos, há duas décadas, a ganhar o salário mínimo”, critica a sindicalista.

Contactada, a Randstad não respondeu à Lusa até ao momento.