Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), o grupo adianta que "excluindo dos nove meses de 2016 a contribuição da Monterroio e a respetiva mais-valia na venda, os resultados cresceram 7,1%".
As vendas do grupo subiram 11,1% para 11.926 milhões de euros.
O resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações (EBITDA) cresceu 6,7%, para 669 milhões de euros. Excluindo o impacto da rede de supermercados colombiana Ara e a rede de lojas de saúde e beleza polaca Hebe "registou um aumento de 9,7%", acrescenta o grupo liderado por Pedro Soares dos Santos.
As vendas LFL ['like-for-like', ou seja, vendas em lojas que operaram sob as mesmas condições no período em análise] do grupo cresceram 6,6% impulsionadas "pelos fortes desempenhos da Biedronka e Recheio e pela resiliência do Pingo Doce".
A cadeia de supermercados polaca Biedronka registou um aumento das vendas LFL de 13,1%, para 8.103 milhões de euros, tendo aberto 46 lojas (31 adições líquidas) nos primeiros nove meses do ano, e remodelou 150 localizações.
Em igual período, as vendas da Hebe atingiram 115 milhões de euros, mais 36% em termos homólogos, tendo aberto 14 lojas, sendo que no final de setembro a marca contabilizava 166 localizações.
Em Portugal, as vendas totais do Pingo Doce cresceram 2,4% para 2.692 milhões de euros, com o LFL, excluindo o combustível, a subir 0,3%.
"Até ao final de setembro, o Pingo Doce remodelou 19 lojas e inaugurou sete novas localizações (seis adições líquidas).
Por sua vez, a grossista Recheio aumentou as vendas totais em 7,6%, para 713 milhões de euros, registando um aumento das vendas LFL de 6%.
No mercado colombiano, a Ara registou vendas de 289 milhões de euros, 77,8% acima do ano anterior. Até setembro, a insígnia abriu 92 lojas, para um total de 312.
O EBITDA da Biedronka nos nove primeiros meses do ano atingiu os 583 milhões de euros (+13,9% em termos homólogos), o do Pingo Doce e Recheio juntos foi de 177 milhões de euros (+1%). A Ara e Hebe registaram, em conjunto, "perdas ao nível do EBITDA de 67 milhões de euros", com a marca colombiana a ser responsável por cerca de 85% do total.
"A evolução das perdas da Ara, em linha com o plano, reflete a aceleração do investimento na expansão da Colômbia", acrescenta.
Nos nove primeiros meses do ano, o investimento da Jerónimo Martins foi de 422 milhões de euros, sendo 40% alocados à Biedronka e 27% à Ara.
"Concluímos nove meses de um ano exigente e desafiante e em resultado da priorização absoluta das vendas, todas as nossas insígnias reforçaram as suas quotas de mercado, com destaque para o forte desempenho da Biedronka", refere o presidente e administrador delegado, Pedro Soares dos Santos, citado em comunicado.
O responsável salienta que "num contexto de subida dos salários mínimos em Portugal e na Polónia, o Pingo Doce iniciou, depois da Biedronka o ter feito, uma revisão dos seus pacotes remuneratórios".
Pedro Soares dos Santos reafirma "a confiança na capacidade" dos negócios "entregarem um ano positivo", assim como o compromisso com uma estratégia de crescimento "que conjuga medidas necessárias ao reforço das lideranças de mercado no curto prazo com investimentos em ativos fixos e margem que garanta, a solidez dos negócios no médio/longo prazo".
Na Polónia, as perspetivas para o último trimestre são a dinamização das vendas da Biedronka e a conclusão do programa de investimento, incluindo a abertura de um centro de distribuição, de cerca de 70 novas unidades e a remodelação de outras tantas.
Na Colômbia, o último trimestre irá somar 60 lojas à cadeia Ara, "que avança com a construção da sua infraestrutura logística e com um ambicioso programa de recrutamento e formação para suportar o esforço de expansão".
As perdas geradas pela Ara e Hebe em termos do EBITDA, em linha com o esperado, "deverão aumentar cerca de 30%".
O grupo reafirma a sua intenção de cumprir com o programa de capex (investimento) previsto para este ano de 700 milhões de euros.
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