No Boletim Económico de dezembro, hoje publicado, o BdP atualizou as suas projeções de crescimento para a economia portuguesa para os anos de 2016 a 2019 e diz esperar agora que o Produto Interno Bruto (PIB) cresça 1,2% este ano, ligeiramente acima dos 1,1% antecipados em outubro, mas piorou o do próximo ano, para 1,4%, estimando uma taxa de crescimento para 2017 mais pessimista do que a do Governo.
"Já é a segunda instituição, neste caso nacional, depois do FMI [Fundo Monetário Internacional], que reviu o cresicmento português em alta", afirmou Manuel Caldeira Cabral aos jornalistas, à margem da inauguração do centro de inovação e experiência da empresa chinesa Huawei (Huawei Portugal Innovation & Experience Center), em Lisboa.
O governante considerou que "são boas notícias para a economia portuguesa", pois "significa que o Banco de Portugal, uma instituição independente, reviu as previsões de crescimento porque percebeu" que "a situação económica está a melhorar".
Segundo Manuel Caldeira Cabral, o BdP "vê agora as perspetivas, quer para este ano, quer para o próximo ano, como melhores e mais favoráveis, e é interessante ser não só a nível do crescimento do PIB, mas também a revisão em alta das exportações, o que significa uma confiança na competitividade na economia portuguesa".
Para o ministro, agora é preciso "continuar a trabalhar" para que continuem a existir "revisões no sentido positivo".
Sobre a posição do BdP sobre a dívida pública, o ministro considerou: "O que temos que fazer é cumprir o que está no Orçamento".
Caldeira Cabral salientou que o país vai ter o mais baixo défice "de sempre em Portugal em democracia".
"O nosso plano para o próximo ano é continuar a reduzir o défice orçamental e reduzir também o endividamento", pelo que "estamos em linha com essas preocupações, mas não são precisas mais medidas de austeridade", concluiu.
Para o próximo ano, e já depois de conhecer o Orçamento do Estado para 2017 (OE2017), a instituição liderada por Carlos Costa prevê um crescimento de 1,4%, uma projeção mais pessimista do que os 1,6% antecipados no boletim de junho.
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