"Este plano é positivo para o crédito do Novo Banco porque o banco receberá fundos próprios adicionais. Os fundos adicionais ajudarão o Novo Banco a acelerar a redução do risco do seu balanço, que está constrangido por um ‘stock’ elevado de ativos problemáticos", disse a vice-presidente da Moody’s e analista do Novo Banco Pepa Mori, citada no comunicado.
O secretário de Estado adjunto e das Finanças, Mourinho Félix, admitiu, no passado fim de semana, que o Estado possa injetar este ano mais dinheiro no Novo Banco, em entrevista ao jornal Dinheiro Vivo e à rádio TSF.
"Existe a possibilidade de, ao abrigo do mecanismo de capital contingente e caso se venham a verificar perdas que afetem o rácio de capital e o ponham abaixo do 'triggers', o Fundo de Resolução poder vir a ser chamado", disse Mourinho Félix.
Já em inícios de janeiro o mesmo governante tinha dado indicação, no Parlamento, de que poderia haver uma recapitalização pública do Novo Banco.
Segundo a imprensa, o Novo Banco poderá apresentar prejuízos entre 1.000 e 2.000 milhões de euros referentes a 2017.
O Novo Banco foi criado em agosto de 2014, aquando da resolução do BES. Apesar de ter sido criado como o ‘banco bom’, ficou no seu balanço com muitos ativos problemáticos do ex-BES.
Desde outubro passado, o Novo Banco pertence maioritariamente (em 75%) ao fundo norte-americano Lone Star, mantendo o Fundo de Resolução os restantes 25%.
A compra do Novo Banco não implicou o pagamento de qualquer preço, tendo o Lone Star acordado injetar 1.000 milhões de euros no Novo Banco para o capitalizar.
No âmbito da venda foi acordado um mecanismo pelo qual o Fundo de Resolução poderá ter de compensar o Novo Banco por perdas de capital resultantes de um conjunto de ativos 'tóxicos', no máximo de 3,89 mil milhões de euros.
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