"Seria importante que [o Governo e os partidos que o apoiam no Parlamento, BE, PCP e PEV] fossem capazes de decidir um pacto fiscal que assegurasse estabilidade e que reforçasse a confiança dos investidores", afirmou Santos Silva numa conferência hoje em Lisboa organizada pela Ordem dos Economistas.

O também presidente do Conselho de Administração do BPI considera que são necessárias "medidas muito agressivas" e que Portugal deve "usar todo o manancial para estimular o investimento", referindo que isso passa por "medidas fiscais e medidas parafiscais", nomeadamente quanto às contribuições para a Segurança Social.

Santos Silva apelou ainda a que haja "um enorme esforço de comunicação para explicar aos investidores que [o país tem] recursos financeiros disponíveis e um sistema financeiro que tem vindo a resolver os seus problemas".

O presidente da Fundação Calouste Gulbenkian, em cuja sede decorreu a conferência, disse que "o investimento privado está a 60% do que estava em 2000" e argumentou que "a grande prioridade tem de ser o crescimento económico e utilizar todos os instrumentos possíveis para aumentar o investimento privado".