Os dois países “assumem aqui uma posição comum relativamente aos objetivos e às metas do plano que está a ser construído”, disse aos jornalistas a ministra Ana Mendes Godinho, no final da assinatura do documento, que juntou também a segunda vice-presidente do Governo e ministra do Trabalho e Economia Social de Espanha, Yolanda Diaz Pérez.

Segundo a titular da pasta portuguesa do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, o memorando de entendimento prevê também a partilha de dados e de boas práticas no setor, além da realização de encontros regulares entre as instituições que representam a economia social em Portugal e Espanha.

De acordo com a governante, a partilha de boas práticas será importante na implementação do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), que, em Portugal, “tem uma área muito forte, nomeadamente em termos de residência social, em que se prevê o alargamento dos equipamentos de apoio à infância e ao envelhecimento”.

Para Ana Mendes Godinho, a economia social “tem um papel determinante e importantíssimo para se concretizar rapidamente” o PRR.

“Temos aqui várias áreas do PRR em que a economia social pode ser fundamental para uma concretização rápida, essencialmente naquelas que são as áreas de residência social, mas também nas dimensões da transição ambiental e digital”, realçou.

Com a assinatura do memorando, a ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social salienta que se “procura aprender uns com os outros, de como é que se pode fazer melhor, quando existe um instrumento PRR que abre a porta a investimentos fortes no âmbito da economia social”.

O memorando de entendimento, que tem um horizonte temporal de dois anos, inclui o lançamento de um concurso ibérico para distinguir bons projetos e iniciativas em torno da economia social.

“É também uma forma de destacarmos projetos inovadores na economia social, que possam também ser eles exemplos para poderem ser replicados noutros locais”, frisou a governante.

Em Portugal, de acordo com Ana Mendes Godinho, a economia social já representa hoje mais de 6% do emprego e, “durante a pandemia, ficou evidente que foi uma das áreas que conseguiu criar emprego durante os períodos difíceis que se viveram”.

A cimeira incluiu também um debate acerca do “papel da academia na educação e formação para a Economia Social - os casos das Academias de Coimbra e Valência”, no qual participam investigadores destas universidades, entre os quais Álvaro Garrido, Maria Manuel Leitão Marques e Filipe Almeida.

Juan António Pedreño, presidente da Confederação Espanhola de Economia Social e Francisco Silva, diretor-geral da Confederação Portuguesa da Economia Social, abordaram o papel das Confederações de Economia Social nas políticas europeias para a Economia Social.

Foi ainda assinado o protocolo do Banco Local de Voluntariado de Coimbra entre a Cooperativa António Sérgio para a Economia Social (CASES) e a Câmara Municipal de Coimbra”.

A Cimeira Ibérica da Economia Social decorreu no Convento São Francisco, no âmbito da Capital Europeia da Economia Social 2021, que assumiu a forma de rede com cinco cidades portuguesas organizadoras, entre os quais Coimbra.

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