Num comunicado, os sindicatos referiram que a reunião, entre a Comissão Executiva do banco e a estruturas sindicais “havia sido solicitada pelos sindicatos aquando das primeiras notícias sobre um eventual encerramento de 31 balcões e tornou-se urgente quando surgiram, nos últimos dias, informações sobre novos números, não tendo sido os sindicatos, enquanto representantes dos bancários, informados nem participaram numa eventual decisão numa matéria crítica para os trabalhadores do banco Montepio”.
Nesta reunião “foi apresentada aos sindicatos a intenção de proceder à eliminação de algumas sobreposições na rede de balcões, em locais ainda a definir, sendo ainda referido que esse ajustamento envolveria 31 balcões”.
Os sindicatos refeririam ainda que “na base desta decisão estarão critérios de proximidade com outros balcões, custo de operação e desempenho comercial. Esta informação oficial da Comissão Executiva do banco Montepio indica que os números são distintos dos que têm sido transmitidos na comunicação social nos últimos dias”. Em causa estão notícias que dão conta de um encerramento de até 80 balcões.
“Os três sindicatos reafirmaram que o Montepio Geral foi construído pelos trabalhadores e não terá presente, nem futuro, sem o respeito pelos mesmos, que fazem do banco Montepio uma instituição crucial para as comunidades locais e regionais e para os agentes da economia social”, de acordo com o comunicado.
Em 23 de junho, o banco Montepio anunciou que iria fechar 31 balcões, referindo que está reforçar a aposta nos serviços digitais.
O banco disse que decidiu “ajustar o modelo de distribuição e reorganização da rede comercial” através da “fusão de 31 balcões redundantes devido à sua proximidade geográfica”. Contudo, acrescentou, continuará a “prestar os serviços bancários de proximidade às populações”.
O banco não indicou as agências em causa nem se haverá trabalhadores afetados.
O Montepio teve lucros de 5,4 milhões de euros no primeiro trimestre (17% abaixo de período homólogo), tendo no final de março 3.969 trabalhadores e 328 balcões em Portugal.
A instituição afirmou ainda que está a “acelerar a transição digital”, tanto internamente como na relação com os clientes, assim como a ajustar o modelo de negócio, com a “aposta em produtos com maior valor acrescentado para o cliente”.
Comentários