Em entrevista à agência espanhola de notícias, a Efe, no final dos três mandatos de cinco anos que agora completa, Angel Gurría disse que uma das principais conquistas foi “colocar as pessoas no centro das políticas públicas” e fazer com que a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) passasse de ser uma organização focada no crescimento e na produtividade para abranger também “a questão de não deixar ninguém de fora”.
O mexicano que sai da direção desta organização ao fim de 15 anos contou à Efe que, quando chegou a Paris, em 2006, a OCDE era vista como “um clube de países ricos, e determinou que fosse dada mais importância a três temas de caráter social: saúde, emigração e água.
“Sobre a emigração, suponho que no princípio suspeitavam que era por causa da minha origem mexicana, mas agora deram-se conta que não é um problema do México, mas sim um problema mundial”, afirmou o ainda secretário-geral da OCDE, que esta semana entrega o cargo ao australiano Mathias Cormann.
Nos últimos 15 anos, a OCDE inclui mais três países da América Latina, que se somam ao México: o Chile, em 2010, a Colômbia, no ano passado, e a Costa Rica, este ano, que “tiveram como efeito o enriquecimento do trabalho da organização, dando-lhe outra dimensão” e ajudando a que a OCDE seja conhecida como “o secretariado da globalização”, considerou Gurría.
Questionado sobre o que vai fazer a partir desta semana, o mexicano respondeu que está a “olhar para várias funções”, sem dar mais pormenores, mas vincando que o primeiro objetivo é voltar ao México e “aterrar um bocadinho, estar tranquilo” e com a família, disse Angel Gurría, de 71 anos.
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