“Foram dadas todas as informações que recolhemos [sindicato] ao longo desta semana nas reuniões que tivemos [com o ministro da Economia e com o administrador da insolvência] e foi transmitido aos trabalhadores que, efetivamente, vão ser salvaguardados os salários do mês de agosto e enquanto decorrer o processo”, afirmou aos jornalistas, Marisa Tavares, do Sindicato dos Trabalhadores do Sector Têxtil da Beira Baixa.
A sindicalista falava após uma reunião com os trabalhadores da Dielmar, junto às instalações da empresa, em Alcains, no concelho de Castelo Branco.
“Foi essa a informação que demos aos trabalhadores. Está tudo, neste momento, a ser trabalhado por parte do Ministério [da Economia] em conjunto com o administrador [da insolvência]. Queremos acreditar que é garantido, como é óbvio, mas sempre com alguma cautela”, sublinhou a presidente do Sindicato.
Marisa Tavares afirmou que os trabalhadores não se vão apresentar na empresa no dia 18 de agosto, data em que terminavam o período de férias, como inicialmente estava previsto acontecer, caso não houvesse uma solução.
A dirigente sindical espera que a resolução de todo o processo da Dielmar “seja rápido” e que “tenha um bom desfecho”.
“Os trabalhadores têm que estar disponíveis para, em qualquer momento que sejam chamadas, virem a trabalhar”, concluiu.
A presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Sector Têxtil da Beira Baixa tinha manifestado a sua satisfação, na quarta-feira, após a garantia deixada pelo ministro da Economia, Pedro Siza Vieira, em salvaguardar os postos de trabalho na Dielmar.
Fundada em 1965, em Alcains, por quatro alfaiates que uniram os seus conhecimentos, a Dielmar, que empregava atualmente mais de 300 trabalhadores, pediu a insolvência ao fim de 56 anos de atividade, uma decisão que a administração atribuiu aos efeitos da pandemia de covid-19.
A Dielmar pediu a insolvência no passado dia 02 de agosto, tendo o Juízo de Comércio do Fundão da Comarca de Castelo Branco declarado a insolvência da empresa no dia seguinte.
Comentários