Se, por exemplo, o seu ordenado for de 1.000 euros líquidos e se tiver acordado com o seu banco uma conta-ordenado com plafond a 100%, num momento zero veria nesse talão  2000 euros de saldo disponível e 1000 euros de saldo real. A explicação é simples: a conta-ordenado é uma conta à ordem que tem associada uma linha de crédito até ao limite máximo do seu salário, renovável a cada mês na data em que o salário é depositado. Se não usar o valor disponibilizado, não tem custos associados, se recorrer ao crédito terá, como noutros produtos financeiros, uma taxa de juro associada.

Há várias razões pelas quais os bancos disponibilizam aos clientes contas-ordenados. A primeira não é assim tão diferente de qualquer outro negócio: é uma forma de fidelizar clientes. A primeira condição para ter acesso a uma conta-ordenado é domiciliar o salário no banco onde vai ter essa solução. Domiciliar significa que a entidade patronal transfere o valor do ordenado diretamente para aquela conta e que todos os meses realiza operação idêntica. Os valores podem não ser exatamente os mesmos - há meses com subsídios de férias ou Natal, há salários com montantes de variáveis de comissões ou prémios - mas o valor-base será idêntico. E, já agora, é sobre esse que se calcula o plafond da conta-ordenado.

Tendo o ordenado agregado a essa conta bancária, à partida torna-se um cliente mais fiel do banco em causa. Será, regra geral, esse o banco em que irá domiciliar os seus principais pagamentos e, com alguma probabilidade, o banco a que recorrerá para situações como compra de casa ou de carro. Como o negócio dos bancos é “vender” dinheiro e como, em várias situações da nossa vida, precisamos “comprar” dinheiro, a conta-ordenado funciona, pelas razões já expostas, como uma declaração de preferência para ambos os lados. O banco porque, à partida, dá condições preferenciais aos clientes com contas-ordenado e o cliente porque elege aquele banco como o seu operador financeiro principal.

Passemos agora às vantagens e aos riscos. Que podem ser exatamente cara e coroa da mesma realidade. A principal vantagem de uma conta-ordenado é óbvia: ter mais dinheiro disponível em conta. O principal risco é precisamente esse também. O que isto quer dizer é que a conta-ordenado é boa ou má consoante a forma como é gerida - mais ou menos como quase tudo. Exige disciplina, sentido de responsabilidade e uma capacidade de resistir aos impulsos que todos temos de comprar qualquer coisa que claramente não está no nosso orçamento do mês. Nessas situações, é preciso antes de tudo ter a noção que se está a gastar um dinheiro que na realidade não temos, mesmo que esteja na nossa conta. É-nos emprestado e iremos pagar juros por ele.

A “Conta Mais Ordenado” do Bankinter foi distinguida com o Prémio Cinco Estrelas, uma certificação baseada numa metodologia rigorosa e que resulta da avaliação que é feita por consumidores finais e por profissionais, em três situações distintas e complementares: Comité de Avaliação; Testes de Experimentação e Questionários de Avaliação Massificada.

Os testes são conduzidos por entidades especializadas em estudos de mercado mediante as necessidades específicas de cada segmento de consumo do produto ou serviço candidato. Os vencedores são encontrados com base em métricas pré-definidas. Em cada categoria de consumo é apurado apenas um vencedor, que é o candidato que conseguir a classificação mais elevada, sendo o mínimo exigido de 7 em 10.

A “Conta Mais Ordenado” Bankinter registou um nível de satisfação global de 74,10% nos inquéritos realizados a mais de 1.000 consumidores.

Lançada em Portugal no final de 2016, trata-se de uma conta à ordem sem comissão de manutenção e com uma remuneração de 5% TANB no primeiro ano, até um saldo de 5.000€. No segundo ano a nova conta à ordem do Bankinter apresenta uma remuneração semestral de 2% TANB.

Mas, ao inverso, também todos sabemos o que é ter despesas inesperadas ou um mês em que os gastos foram superiores por alguma razão. Ter uma conta-ordenado é, nestas situações, garantia de autonomia. Permite fazer face a essas despesas ou simplesmente não ter de passar os dias que faltam até receber o ordenado em ansiedade pela falta de dinheiro disponível.

Para uma gestão equilibrada da conta-ordenada, há várias recomendações a ter em conta. A primeira está dada e é basicamente auto-controlo. A segunda passa por não ter o salário duplicado em crédito - ou plafond adicional a 100% - mas numa percentagem menor. A terceira, e muito relevante, é procurar liquidar sempre o valor que usou a crédito na altura do recebimento do ordenado seguinte ou, caso não se possível por inteiro, planear a sua gestão financeira para o fazer em dois ou três meses.

Caso tenha estas indicações presentes, a conta-ordenado traz-lhe não só “oxigénio” nos meses mais apertados, como ainda algumas vantagens adicionais, como sejam a isenção de algumas comissões bancárias, como as de manutenção de conta ou de transferência bancária, e bonificações em produtos como spread do crédito à habitação. As várias opções variam de banco para  banco, por isso, na altura de escolher informe-se de quais as soluções mais vantajosas no mercado.

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