No final de julho, o investimento acumulado por via da Autorização de Residência para Atividade de Investimento (ARI), também conhecida como visto 'gold', atingiu os 3.223.403.061,34 euros.
Em agosto e setembro, o SEF não publicou as estatísticas mensais acumuladas, só voltando a divulgá-las em outubro, altura em que o investimento acumulado ascendia a 3.326.273.404,63 euros.
A Lusa pediu por várias vezes os mapas de agosto e setembro e questionou o SEF sobre a razão de os dados não terem sido publicados naqueles meses, ao contrário do que tem acontecido, tendo o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) reiterado que "o tratamento estatístico solicitado, dos dados cumulativos referentes a agosto e setembro, foi efetuado englobando os três meses (agosto, setembro e outubro), pelo que foi disponibilizado o respetivo mapa cumulativo no mês de outubro".
De acordo com contas feitas pela Lusa, de agosto até final de outubro o investimento total captado foi de 102.870.343, 29 euros, dos quais 93.147.494,2 euros por via de aquisição de imóveis e 9.722.849,09 euros pelo critério de transferência de capital.
Neste período, foram atribuídos 169 vistos 'dourados'.
Em novembro o investimento também aumenta
Em novembro, o investimento total com os vistos ‘gold’, atingiu os 54.589.213,55 euros, uma subida de 14,6% face ao mesmo mês de 2016 (47.597.866,42 euros).
Relativamente à evolução face a outubro, não foi possível calcular a variação, uma vez que o SEF não disponibilizou dados que permitissem o cálculo.
Apesar de vários pedidos feitos pela Lusa para obter os dados, a resposta do SEF foi: “O tratamento estatístico dos referidos dados traduz-se no mapa disponibilizado no portal do SEF, o qual engloba os dados referentes aos meses de agosto, setembro e outubro”.
Do montante captado em novembro, a maioria continua a corresponder à compra de imóveis (52.370.344,79 euros), enquanto a transferência de capital atingiu os 2.218.968,76 euros.
No mês passado, foram atribuídos 93 vistos ‘dourados’, dos quais 91 pela compra de imóveis e dois pelo requisito de transferência de capital.
Dos 91 atribuídos por via do critério de compra de bens imóveis, foram concedidos em novembro mais 14 ARI para reabilitação urbana, no âmbito das regras de concessão que estão em vigor desde setembro de 2015.
Até final de novembro tinham sido atribuídos 77 vistos ‘dourados’ para reabilitação urbana, sendo que o primeiro do género foi concedido em julho de 2016.
Em termos acumulados – desde que este tipo de instrumento, que visa a captação de investimentos para Portugal, começou a ser atribuído, em 08 de outubro de 2012 até novembro último -, o investimento ascendeu a 3.380.862.618,18 euros. Deste montante, 323.898.160,46 euros foram captados por via da transferência de capital e 3.056.964.457,72 euros mediante o critério da compra de bens imóveis.
Desde a criação deste instrumento foram atribuídos 5.505 ARI: dois em 2012, 494 em 2013, 1.526 em 2014, 766 em 2015, 1.414 em 2016 e 1.303 este ano.
Em termos acumulados, até novembro foram concedidos 5.196 vistos pelo requisito da aquisição de bens imóveis, 301 por transferência de capital e oito pela criação de, pelo menos, 10 postos de trabalho.
A China lidera a lista de ARI atribuídas (3.575 até novembro), seguida do Brasil (463), África do Sul (216), Rússia (192) e Líbano (108).
As novas regras para a obtenção de vistos ‘gold’, que alargaram os critérios de investimento para cidadãos fora da União Europeia a áreas como reabilitação urbana e ciência, entre outras, entraram em vigor em 03 de setembro de 2015.
Desde 2013 foram atribuídas 9.212 autorizações de residência a familiares reagrupados: 576 em 2013, 2.395 em 2014, 1.322 em 2015, 2.344 em 2016 e 2.575 em 2017.
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