Os resultados definitivos da sessão indicam que o índice Dow Jones Industrial Average perdeu 0,68%, enquanto o tecnológico Nasdaq avançou 0,39% e o alargado S&P500 quase se manteve inalterado, com uma subida de 0,08%.
A Fed manteve a sua taxa de juro de referência no intervalo entre 5,0% e 5,5%, para obter tempo “para avaliar (…) as implicações da política monetária”, como argumentou no comunicado subsequente ao fim da reunião do seu comité de política monetária (FOMC, na sigla em Inglês).
Mas “a quase totalidade dos participantes [no FOMC] vê como provável o facto de novas subidas da taxa serem necessárias este ano para colocar a inflação em 2%”, realçou o presidente da Fed, Jerome Powell, apontando, contudo, para “um ritmo moderado”.
Em reação imediata, os índices bolsistas passaram para terreno negativo, com o Dow a recuar 1,18% e o Nasdaq 0,60%, mas este recuo durou pouco.
“Bem entendido, a Fed adotou um tom belicista. Mas isso vai depender da informação, portanto, se a inflação continuar a moderar-se, penso que há hipóteses de a Fed cessar a sua política monetária restritiva”, estimou Peter Cardillo, da Spartan Capital Securities, questionado pela AFP.
“Na minha opinião, a questão é a de haver uma única subida complementar ou nenhuma de todo, que é o que acredito que os investidores estão a pensar”, acrescentou.
Para Ian Shepherdson, da Pantheon Macroeconomics, “mais duas subidas este ano é algo que parece excessivo e pouco provável”.
Na sua opinião, “os argumentos para novas subidas [de taxa] até setembro enfraqueceram nitidamente, pelo que uma subida em julho deve ser a última” este ano, estimou.
A boa notícia do dia foi o índice dos preços na produção, que recuou 0,3% em maio em relação a abril, o que era mais do que esperado pelos investidores, e 1,1% em termos anuais, mais um sinal positivo para a Fed.
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