Os resultados definitivos da sessão indicam que o índice seletivo Dow Jones Industrial Average avançou 0,07%. Ao contrário, o tecnológico Nasdaq recuou 0,20% e o alargado S&P500 quase que estagnou, ao baixar 0,01%.
A descida dos preços dos títulos de dívida pública de longo prazo, que tinha suscitado ao longo da semana uma viva subida dos rendimentos, ao ponto de na quinta-feira terem atingido máximos de 16 anos, aliviou hoje.
“Foi uma semana rude”, reconheceu Tom Cahill, da Ventura Wealth Management, questionado pela AFP quando os índices bolsistas registavam perdas de dois por cento.
“Na sexta-feira, muitos investidores examinaram os preços das obrigações e consideraram que estavam atrativos, o que os levou a comprá-las, causando a baixa dos seus rendimentos, o que foi favorável para as ações”, desenvolveu.
Os rendimentos das obrigações sobem quando os preços destas baixam.
A subida dos preços das obrigações foi provocada pela atitude estrita da Reserva Federal (Fed), refletida na ata da sua última reunião sobre política monetária.
Os participantes no seu comité monetário (FOMC, na sigla em Inglês) aí indicaram que estavam prontos para novas subidas da taxa de juro de referência se fosse necessário, e que, em todo o caso, esta iria permanecer elevada durante algum tempo.
Para Tom Cahill, a nova descida semanal das ações “não é uma surpresa”.
Como recordou, “o bom desempenho das ações desde o início do ano foi suportado por um punhado de grandes empresas” do setor da tecnologia, em particular.
E, acrescentou, “quando a taxa de juro sobe, isso contrai os seus múltiplos”, isto é, a sua valorização bolsista calculada em relação ao seu resultado líquido.
Assim, hoje, a Alphabet (‘holding’ da Google) perdeu 1,80%, a Meta (Facebook) 0,65% e a Tesla 1,70%.
Por outro lado, os volumes de transações foram escassos neste dia de meados de agosto sem notícias macroeconómicas.
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