A "paz" dentro do Congresso do PS (e as críticas do lado de fora)
Edição por Alexandra Antunes e António Moura dos Santos
Terminou o 23.º Congresso Nacional do PS. Terá sido apenas mais um, igual aos anteriores? Nem por isso: ao contrário do que se passou em 2018 e 2016, foi apresentada uma lista única para a Comissão Nacional e, ao longo dos dois dias de trabalhos, não houve da parte dos congressistas qualquer crítica de fundo em relação à linha seguida pelo partido ou pelo Governo.
Analisadas as intervenções, nenhum dirigente de primeira ou segunda linha rejeitou a opção relativa à manutenção do diálogo à esquerda do PS para a aprovação dos orçamentos ou contestou os programas que serviram de base ao executivo para combater a pandemia da covid-19.
Por isso, António Costa não hesitou nas palavras escolhidas — positivas — para o seu discurso final. O primeiro-ministro e secretário-geral do PS sustentou que este é um partido "com paz de espírito", unido e mobilizado para os desafios da recuperação económica e social do país.
Como previsto, ao longo de dois dias não houve sequer o mais pequeno indício quanto à questão da sucessão de António Costa na liderança do PS — mas quatro dos potenciais candidatos foram colocados em lugar de destaque na mesa do Congresso, a saber:
O Congresso do PS teve ainda espaço para uma surpresa: o destaque dado pela cúpula do partido à ministra da Saúde, Marta Temido, que se filiou e que foi apresentada pela direção socialista como uma espécie de símbolo daquilo que correu bem no combate à pandemia. E recorde-se, também, que esta referiu que "nunca se sabe" quanto a uma candidatura a secretária-geral.
Por outro lado, António Costa deixou ainda algumas mensagens — a primeira dirigida ao Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa: endereçou-lhe votos "dos maiores sucessos no exercício deste novo mandato presidencial" e disse esperar que "mantenha as características que os portugueses tanto apreciaram no seu primeiro mandato e que de uma forma tão expressiva votaram na renovação para o novo mandato do Presidente da República".
Para os parceiros à esquerda do PS, aproveitando a presença de Jorge Costa (BE) e de Vasco Cardoso (PCP) na primeira fila dos convidados do Congresso, o líder socialista disse: "É com gosto particular que vejo aqui presentes dois dos interlocutores mais exigentes, mas também mais produtivos com quem temos construído estes bons resultados para o país e para os portugueses".
Mas regressemos ao discurso final, que se centrou nos temas da juventude, passando pelas "chagas sociais" na área. Vejamos o que disse António Costa:
Contudo, se dentro do Congresso não se ouviram críticas, do lado de fora estas foram surgindo, por parte dos vários partidos — ainda que intervaladas com algumas notas positivas de alguns:
Atualidade
Não se perca nos Jogos Paralímpicos
A primeira medalha para Portugal está garantida. O atleta Miguel Monteiro conquistou hoje a medalha de bronze na prova do lançamento do peso F40 dos Jogos Paralímpicos Tóquio2020, na qual o recorde mundial, que lhe pertencia, foi batido três vezes — foi a 93.ª medalha conquistada por Portugal na história dos Paralímpicos.
A fome por mais e o reconhecimento. O atleta, apesar de feliz com o bronze, queria mais. “Claro que esperava fazer melhor marca, foi para isso que trabalhámos, de qualquer forma foi uma medalha paralímpica", disse. Já Marcelo Rebelo de Sousa, António Costa e Tiago Brandão Rodrigues todos felicitaram Miguel Monteiro.
Conhecer os atletas. Para saber mais sobre alguns dos atletas em Tóquio, o SAPO24 preparou questionários, que pode ler para descobrir algumas curiosidades.
Acompanhar os Jogos. Para que não se perca nas provas, o SAPO24 apresenta o calendário das madrugadas que voltam a ser o palco dos sonhos e da superação.