Numa intervenção no 23.º Congresso Nacional do PS, o presidente da Câmara Municipal de Lisboa e recandidato ao cargo prometeu empenho no combate às alterações climáticas e apresentou-se como defensor dos transportes públicos, da saúde pública e da habitação como direitos acessíveis a todos, como contraponto à direita a favor dos serviços privados e das "regras do mercado".
"Porque para nós a habitação é um direito, uma habitação digna, de qualidade, acessível, cujo preço dependa não do humor do mercado em cada momento, mas que dependa unicamente da capacidade para pagar e suportar uma renda acessível – esta é a visão que vamos apresentar", afirmou.
No final do seu discurso, Fernando Medina pediu "um minuto de tolerância para uma última batalha fundamental que estará em causa nestas eleições", para alertar que "está em causa nestas eleições o papel da legitimação da direita mais radical" em Portugal.
"Desde as eleições regionais dos Açores, o PSD começou a fazer um jogo dissimulado sobre a aceitação da extrema-direita no arco da governação. Fizeram-no e dizem que não o fazem. Aproximaram-se agora na linguagem, no estilo, na agressividade. Basta ver como como o PSD fala: não para o país, contra os socialistas", considerou, acrescentando que há "candidatos do PSD a fazer campanha contra o sistema".
Por outro lado, Fernando Medina realçou declarações de dirigentes do PSD sobre possíveis acordos autárquicos. "Ouçamos o líder dos autarcas sociais-democratas, quando diz: se for necessário faremos os acordos com os vereadores da extrema-direita. Ouçamos o líder da distrital de Lisboa do PSD quando diz: for necessário faremos os acordos com a extrema-direita, não há problema nenhum", referiu.
"É por tudo isto, pela habitação como direito, por um ambiente digno, com futuro, sustentável para os nossos filhos e para as gerações futuro, por uma saúde pública de qualidade como direito de todos e por uma sociedade que combata os extremismos, os radicalismos, que promova a inclusão, cada vez mais democrática e ao serviço de todos, que vamos todos votar e mobilizar para o dia 26 de setembro", concluiu o ex-secretário de Estado, declarando-se confiante numa "grande vitória" do PS nas eleições autárquicas.
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