Edição por Rute Sousa Vasco

Não se pode dizer que as expectativas tenham sido goradas  - há um Fundo de Recuperação aprovado - e, de certa forma, a reunião do Conselho Europeu até conseguiu surpreender pela brevidade. Não foi preciso encomendar pizzas, a reunião acabou antes de jantar e os chefes de Estado terão feito a refeição  presumivelmente sem ecrãs de videoconferência. Como também é habitual nestas coisas, cada governante anunciou a sua interpretação do que aconteceu na reunião de hoje. E fazendo justiça à tradição das negociações na União Europeia, entre as decisões tomadas incluiu-se decidir fazer uma nova reunião.

Vamos aos factos:

• Foi aprovado um “Fundo de Recuperação” para relançar a economia europeia, nomeadamente "nos setores e geografias da Europa mais afetadas” segundo as palavras do presidente do Conselho Europeu, Charles Michel
• Não ficou definido o montante deste fundo de recuperação
• Ficou definido que o Fundo será financiado através da emissão de dívida conjunta da União Europeia
• Não ficou definido se os países irão receber dinheiro a fundo perdido, empréstimos ou uma mistura dos dois
• Ficou decidido que o fundo de recuperação seja inserido no Quadro Financeiro Plurianual (QFP) da UE para o período 2021-2027
• No dia 6 de maio, os chefes de Estado voltam a encontrar-se para discutir tudo o que não ficou decidido

O que disseram e o que podemos esperar:

Resposta económica à crise provocada pela covid-19: Portugal pode receber até 25,1 mil milhões de euros de possível fundo de recuperação, segundo o instituto de investigação económica alemão ZEW 

Uma união, 27 casos distintos. Os números e as medidas dos países da UE no combate à pandemia (e que ajudam também a perceber como se posicionam nas negociações sobre apoios à economia)

A líder do BCE, Christine Lagarde, avisou os líderes europeus que a economia da zona euro pode recuar 15% com a atual crise e que se arriscam a "fazer muito pouco e demasiado tarde", segundo fontes próximas das conversações.

A chanceler alemã, Angela Merkel, disse hoje que o seu país se deve preparar para dar uma maior contribuição ao orçamento da União Europeia, para preparar o futuro fundo de recuperação económica.

"Se tudo se concretizar, será seguramente uma bazuca", disse António Costa sobre os planos do Conselho Europeu

O Presidente francês, Emmanuel Macron, defendeu hoje que o plano de recuperação da União Europeia (UE) face à crise provocada pela pandemia deve incluir "não apenas empréstimos", mas também subsídios, para prevenir o sobreendividamento de alguns Estados-membros.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, defendeu hoje um "equilíbrio entre subvenções e empréstimos" na resposta económica da União Europeia (UE) à crise gerada pela covid-19, que será na ordem dos "biliões de euros".

[/caption]

1. Ryanair não retoma voos se tiver de deixar lugares vazios para manter distâncias

2. Easyjet: Limitação no número de lugares pode pôr em causa retoma da aviação 

3. Governo aprova lei que baixa IVA para máscaras e gel desinfetante para a taxa mínima

4.  APEL diz que medidas da tutela para o livro mostram desconhecimento da realidade. “Não se aproxima de nada daquilo que nós propusemos"

5. ACT já fiscalizou mais de 1.000 empresas em 'lay-off'

6. CESP defende fecho de supermercados no 1.º de maio em reconhecimento dos trabalhadores

7. "Vejo com muito bons olhos abertura gradual da economia", diz o presidente da Altice Portugal

8. Retalho automóvel quer reabrir a 4 de maio

9. “As pessoas têm de dar o seu mergulho, senão não morrem da doença, mas morrem da cura". Concessionários de praia defendem que os estabelecimentos "têm de começar a abrir"

10. Relatório diz que pelo menos 20 países europeus já ultrapassaram o pico, Portugal incluído

Apoio a trabalhadores independentes relativo a março será de 292,6 euros (e não de 438,81 euros)

Apoio a empresas em 'lay-off' pago a pedidos que entraram até dia 10 de abril

Porque não aproveitar o isolamento para voltar a estudar? Seis plataformas com cursos gratuitos online para ganhar tempo nesta quarentena

Contando com a parceria de universidades prestigiadas, como Harvard ou John Hopkins, e empresas, como a Google ou a IBM, são vários os cursos online que se podem fazer gratuitamente. Seja design digital, análise de mercados ou sobre a ciência da felicidade, nestas seis plataformas pode-se aprender um pouco de tudo — e não é necessário qualquer requisito prévio.