A "designação de novo membro para integrar o Conselho de Administração Executivo da EDP até ao final do mandato em curso (triénio 2021-2023)" é o último dos oito pontos da ordem do dia constantes da convocatória para a assembleia geral anual da elétrica, que tem início agendado para as 10:30 de hoje.

No passado dia 13 de março, a EDP anunciou, em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), que Miguel Setas renunciou ao cargo de membro do Conselho de Administração Executivo da EDP, que ocupou durante oito anos, e que iria propor a sua substituição por Pedro Vasconcelos, até agora responsável pela operação na Ásia, com efeitos a partir da assembleia geral de hoje.

"O engenheiro Pedro Collares Pereira de Vasconcelos integra os quadros da EDP desde 2007 e dispõe de um amplo conhecimento da Sociedade, com uma forte experiência no setor da energia, entendendo-se que dispõe das condições adequadas para integrar o Conselho de Administração Executivo da EDP para o remanescente do mandato em curso", lê-se na nota então divulgada.

Na reunião magna de hoje, os acionistas irão ainda votar as contas individuais e consolidadas do exercício de 2022, que a EDP encerrou com lucros de 679 milhões de euros, 3% acima do resultado de 657 milhões de euros do ano anterior, e deliberar sobre a proposta de pagamento de um dividendo de 0,19 euros por ação, inalterado face a 2022.

Da agenda faz também parte a "apreciação geral da administração e fiscalização da EDP", a concessão de autorização ao Conselho de Administração Executivo para a aquisição e alienação de ações e obrigações próprias, a deliberação sobre a renovação concedida ao Conselho de Administração Executivo para proceder a aumento do capital social e a deliberação sobre a supressão do direito de preferência dos acionistas nos aumentos de capital a deliberar.

No passado dia 02 de março, a EDP comunicou ao mercado o início de um 'accelerated bookbuilding' (ABB, venda acelerada) de aproximadamente 1.000 milhões de euros, com o objetivo de deliberar, posteriormente, um aumento de capital para lançar uma OPA sobre a EDP Brasil.

"Na sequência do anúncio da EDP sobre a intenção de fazer um aumento de capital no valor de aproximadamente mil milhões de euros para financiar uma oferta pública para aquisição das ações detidas pelos acionistas minoritários da EDP Energias do Brasil, o Conselho de Administração Executivo, na sequência da emissão de um parecer prévio favorável do Conselho Geral e de Supervisão aprovou o lançamento de um ABB", lê-se no comunicado então enviado à CMVM.

A OPA será financiada por um aumento de capital de 1.000 milhões de euros, colocado junto de investidores institucionais, e 600 milhões de euros já tinham, nessa altura, o compromisso de investimento dos principais acionistas, incluindo o grupo China Tree Gorges.

Em 14 de março, foi anunciado que a China Three Gorges (CTG), maior acionista da EDP, subscreveu, por 209,5 milhões de euros, ações da empresa equivalentes a 1,09% do capital por meio deste processo de ABB, passando-lhe a ser imputáveis "os direitos de voto relativos à totalidade das 872.818.863 ações representativas de 20,861% do capital social da EDP".

PD (ALYN/PE/MPE) // EA

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