
"Decidi procurar algo que possa fazer pelo futuro da República da Coreia [nome oficial da Coreia do Sul], que adoro, e por todos nós. Farei o meu melhor para que o nosso povo me eleja nas próximas eleições presidenciais", declarou Han.
O economista, que renunciou ao cargo de primeiro-ministro e presidente interino na quinta-feira, prometeu usar a sua experiência para resolver os atuais problemas comerciais causados pela nova política de tarifas alfandegárias dos Estados Unidos.
O dirigente de 75 anos revelou ainda planos para alterar a Constituição do país, de forma a encurtar o mandato presidencial, reduzir os poderes do chefe de Estado a favor do parlamento e reforçar a separação entre os poderes executivo e judicial.
Atualmente, a Constituição limita os presidentes a um único mandato de cinco anos, mas a proposta de Han, feita na Assembleia Nacional, o parlamento sul-coreano, reduziria o mandato para três anos.
De acordo com a agência de notícias pública sul-coreana Yonhap, Han disse querer redigir uma proposta de alteração constitucional no primeiro ano de mandato, finalizá-la no segundo ano e realizar eleições gerais e presidenciais no terceiro ano.
Durante o anúncio da candidatura, Han prometeu renunciar ao cargo imediatamente após implementar a reforma constitucional, para alcançar um "equilíbrio de poderes" e "eliminar a judicialização da política e a politização do poder judicial".
O Partido do Poder Popular, atualmente no poder, vai escolher este fim de semana o candidato a suceder ao presidente Yoon Suk-yeol, deposto devido à declaração de lei marcial em dezembro, que desencadeou uma grave crise política.
No domingo, o principal partido da oposição na Coreia do Sul nomeou como candidato às presidenciais de junho o ex-líder Lee Jae-myung, apontado pelas sondagens como favorito.
Num anúncio transmitido pela televisão, o Partido Democrático anunciou que Lee conquistou a nomeação presidencial com quase 90% dos votos nas primárias que terminaram no domingo, derrotando dois rivais.
Lee, de 60 anos, que foi governador da província de Gyeonggi, a mais populosa da Coreia do Sul, e presidente da Câmara da cidade de Seongnam, é o claro favorito para vencer as eleições.
De acordo com uma sondagem da Gallup Korea, divulgada na sexta-feira passada, 38% dos inquiridos escolheram Lee, enquanto nenhum dos outros potenciais candidatos chegou a 10% das preferências.
A Comissão Nacional de Eleições já iniciou o registo de pré-candidatos para aquela que será a 21.ª eleição presidencial do país. O período de campanha eleitoral arranca em 12 de maio.
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