Mário Centeno assumiu esta posição no encerramento da 11.ª Conferência do Banco de Portugal sobre "Desenvolvimento Económico Português no Espaço Europeu", no qual se caracterizou como um institucionalista.

"Precisamos de refletir sobre as nossas instituições sociais, políticas e judiciais, num contexto europeu, e melhorar o seu funcionamento", disse Mário Centeno, apontando que o momento geopolítico que atualmente se vive deve "fazer refletir sobre a importância do reforço das instituições democráticas".

"Não as podemos dar por adquirido, devemos-lhes o maior respeito e a obrigação de as preservar enquanto decisores políticos, mas também enquanto cidadãos", reforçou o governador do Banco de Portugal no final de uma sessão em que foram apresentadas as melhores teses de mestrado sobre economia portuguesa, numa parceria com a Fundação Francisco Manuel dos Santos.

Antes, Mário Centeno tinha salientado que a educação é "um fator chave" para o crescimento económico inclusivo e para o desenvolvimento social, avisando, contudo, que não se pode achar que a educação é o "elixir do crescimento", e que não se pode continuar a olhar para a economia e para a sociedade "com as mesmas lentes" que nos trouxeram à crise da dívida soberana.

Para o governador do BdP, ou "fazemos um F5 nos dados que utilizamos ou vamos esbarrar na ambição e vontade da geração efetivamente mais bem preparada de sempre".

"Como um institucionalista não posso deixar de referir o papel que outras instituições desempenham neste complexo processo de crescimento, que é relativamente recente na história da humanidade", vincou Mário Centeno.

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