Apesar do confronto físico, O voo em questão continuou e aterrou em segurança, acrescentou o mesmo funcionário, citado pela agência AP.

Segundo o jornal francês La Tribune, o piloto e co-piloto entraram em conflito pouco depois da descolagem e agarraram-se um ao outro pelos colarinhos, depois de um deles ter aparentemente atingido o outro.

A tripulação de cabine interveio e um membro passou o voo na cabina de pilotagem, juntamente com os pilotos, avançou o meio de comunicação francês.

A notícia do confronto surge depois de a agência de investigação aérea francesa, BEA, ter emitido um relatório na quarta-feira acusando alguns pilotos da Air France de não respeitarem rigorosamente os procedimentos de segurança.

O relatório centrou-se numa fuga de combustível num voo da Air France, de Brazzaville (República do Congo) para Paris em dezembro de 2020, quando os pilotos não cortaram a energia do motor ou tentaram aterrar o mais cedo possível, tal como mandam os protocolos de segurança.

O avião acabou por aterrar em segurança no Chade, mas o relatório da BEA calculou que o motor poderia ter pegado fogo.

Segundo o relatório, que teve em conta outros três casos semelhantes entre 2017 e 2022, concluiu-se que alguns pilotos agem com base na sua própria análise da situação em vez de seguirem os protocolos de segurança.

Em resposta, a Air France disse estar já a realizar uma auditoria de segurança e comprometeu-se a seguir as recomendações da BEA, como permitir que os pilotos estudem posteriormente o voo e tornar os manuais de formação mais rigorosos sobre o cumprimento dos procedimentos.

A companhia aérea observou que, apesar de fazer milhares de voos diariamente, apenas foram mencionados quatro incidentes de segurança no relatório.

Os sindicatos de pilotos da Air France insistiram também que a segurança é um valor primordial para todos os pilotos da companhia e apoiaram as ações dos profissionais durante as situações de emergência.

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