De acordo com João Frederico de Barros, presidente do conselho de administração da ARN, há mais de três meses que a MTN comunicou à entidade a intenção de vender a empresa a um outro grupo, numa estratégia que abrange também a Guiné-Conacri e a Serra Leoa.
"A MTN pretende concentrar-se, nesta nossa costa ocidental da África, apenas no Gana e na Nigéria", observou o responsável da ARN.
Frederico de Barros considerou de "normal" a intenção da venda da empresa, mas salientou que a operação só poderá avançar se ocorrer dentro dos preceitos estipulados pela Lei de Bases do Sistema das Telecomunicações da Guiné-Bissau.
Atualmente, referiu, a MTN representa cerca de 30% da quota de mercado da rede de telefones móveis e só poderá ser vendida, entre outras obrigações, mediante o pagamento de "todas as responsabilidades perante o Estado guineense", representado pela ARN.
Dados da ARN apontam para mais de um milhão de utilizadores de telefones móveis na Guiné-Bissau, indicou João Frederico de Barros.
O responsável guineense explicou ainda que a reguladora do setor das telecomunicações "aguarda pelo normal desenrolar do processo" de venda da MTN e que a empresa prometeu comunicar caso não encontre um comprador.
A MTN e a francesa Orange, também operadora de telefones móveis, é das poucas multinacionais a operar na Guiné-Bissau.
MB // LFS
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