Ao contrário dos recentes pacotes de sanções impostas a entidades com sede na Rússia, as novas sanções financeiras e diplomáticas visam uma série de organizações, incluindo empresas imobiliárias francesas, um grupo de cidadãos suíços e um cliente de componentes microeletrónicos de Taiwan.
Todos são acusados de serem facilitadores financeiros ou facilitadores da cadeia de suprimentos militares da Rússia que as autoridades dos EUA se comprometeram a interromper após o início da invasão da Ucrânia, em fevereiro.
O gabinete de Controlo de Ativos Estrangeiros do Departamento do Tesouro e o Departamento de Estado designaram 14 pessoas, 28 entidades e oito aeronaves identificadas como parte de uma rede transnacional que adquire tecnologia destinada a fortalecer as forças armadas da Rússia.
Além disso, membros da família russa Suleiman Kerimov, sancionada pelos EUA, foram alvo de novas punições, assim como o empresário e investidor russo Murat Aliev, ex-executivo de uma empresa de investimentos.
"Continuaremos a usar as sanções e controlos de exportação para enfraquecer as forças armadas da Rússia no campo de batalha e para reduzir a receita que Putin está a usar para financiar a sua invasão brutal", disse a secretária do Tesouro, Janet Yellen, num comunicado.
Em outubro, funcionários do Tesouro, Comércio e Inteligência Nacional reuniram com representantes de ministérios das Finanças de 33 países para discutir o impacto das sanções internacionais nos suprimentos de defesa da Rússia.
Em outubro, o Governo do Presidente Joe Biden já tinha anunciado que estava a preparar novas sanções para organizações associadas a um esquema para adquirir tecnologia militar norte-americana para a fornecer ilegalmente à Rússia.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas -- mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,7 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
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