No domingo, 'Nezha 2' ultrapassou o filme de ação 'Wolf Warrior' (2015), também chinês, ao atingir 159 milhões de bilhetes vendidos, de acordo com dados do portal especializado Maoyan.

Tanto 'Nezha 2' como a prequela, 'Nezha' (2019), são baseados num romance clássico chinês do século XVI chamado "Investidura dos Deuses".

O filme, que estreou durante as férias do Ano Novo Lunar, cativou os espetadores pela narrativa, impacto cultural e qualidade visual, de acordo com a agência de notícias oficial chinesa Xinhua.

Maoyan prevê que a produção possa tornar-se o primeiro filme a arrecadar mais de 10 mil milhões de yuan (1,3 mil milhões de euros) no mercado chinês.

O sucesso de 'Nezha 2' é uma lufada de ar fresco para uma indústria em dificuldades: em 2024, a bilheteira chinesa arrecadou 42,502 mil milhões de yuan (cerca de seis mil milhões de euros), menos 22,5% do que em 2023.

As produções chinesas dominaram o mercado doméstico em 2024, gerando 78,7% das receitas totais.

As autoridades chinesas limitam o número de filmes estrangeiros, com um sistema de quotas que permite a exibição de cerca de 35 produções por ano.

A queda das receitas em 2024 foi um revés para um setor que já tinha sido afetado durante a rigorosa política 'zero covid', que levou ao encerramento de milhares de salas de cinema e ao funcionamento de outras com limites no número de espetadores.

 

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