Atualmente, o Malaui enfrenta graves problemas de insegurança alimentar, com 5,7 milhões de pessoas nessa situação, devido à seca induzida pelo fenómeno meteorológico El Niño, que diminuiu as colheitas no pais, vizinho de Moçambique, em 44%, comunicou o Programa Alimentar Mundial das Nações Unidas (PAM).
Avaliada em 33 milhões de euros, a importação do milho será financiadas pelo Banco Mundial, adiantou a instituição, referindo que "o PAM está a colaborar estreitamente com o Governo do Malaui para combater esta emergência" e vai prestar apoio logístico no transporte do milho para os pontos de distribuição.
Além deste acordo, o PAM está a prestar assistência alimentar a mais de dois milhões de pessoas, nomeadamente através de tratamentos de subnutrição e refeições escolares, prosseguiu.
"O Banco Mundial mobilizou 50 milhões de dólares [cerca de 48 milhões de euros] no início deste ano para ajudar o Malaui a enfrentar o impacto da recente seca induzida pelo El Niño no país", declarou o diretor nacional do Banco Mundial para o Malaui, Firas Raad.
"Esperamos que este financiamento proporcione uma maior segurança alimentar às famílias vulneráveis e orgulhamo-nos da nossa estreita colaboração com o PAM", acrescentou.
Este financiamento vem da Componente de Resposta de Emergência a Crises (CERC), do Programa de Resiliência dos Sistemas Alimentares para a África Oriental e Austral - Fase 3, um programa do Grupo do Banco Mundial que ajuda os países a aceder rapidamente a recursos durante emergências, explicou o PAM.
"Ao abrigo deste acordo, o PAM irá adquirir e transportar cerca de 48.000 toneladas de milho da Tanzânia para o Malaui, a fim de colmatar parte do défice alimentar causado pela seca do El Niño", explicou.
O Governo distribuirá os alimentos a cerca de 954.000 agregados familiares, "num esforço nacional para aliviar a fome" e ajudar a garantir que as comunidades tenham acesso a alimentos até à próxima colheita, entre abril e julho, concluiu.
NYC // ANP
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