"Vemos o almirante Gouveia e Melo a aparecer com uma posição mais favorável [nas sondagens para as presidenciais] e o comentário que eu posso fazer, quer à sondagem, quer a isso, é que provavelmente o país vai perder um bom militar, e isso não me parece que seja desejável, mas é uma opinião que o próprio terá de tomar", afirmou Rui Rocha em declarações aos jornalistas à frente da embaixada da Argentina, em Lisboa, após uma reunião com o novo embaixador no país, Federico Alejandro Barttfeld.
Questionado se a IL pretende avançar com um candidato próprio às presidenciais, Rui Rocha defendeu que essa discussão "é algo extemporânea", salientando que "ainda não há propriamente candidatos apresentados, há possibilidades de candidatos".
"A IL pronunciar-se-á no momento certo. O que eu posso dizer é que creio que há toda a vantagem em apresentar, também nas eleições presidenciais, uma visão para o país que seja liberal, também ela focada no crescimento económico, numa sociedade liberta das amarras de um Estado excessivo e que consome recursos" frisou.
No entanto, Rui Rocha recordou que a IL tem uma Convenção Nacional marcada para o próximo dia 01 e 02 de fevereiro, em que será eleita uma nova direção, e referiu que quer deixar como legado para a próxima Comissão Executiva do partido "total autonomia estratégica da IL para todas as eleições".
"Para as autárquicas, para as presidenciais, para as legislativas, para as regionais. É um legado importante. A IL tem toda a autonomia para decidir, em cada uma dessas eleições o que deve acontecer", salientou.
O líder da IL defendeu que "o que é que importante é que essa autonomia estratégica seja investida depois em candidatos que possam corporizar essa visão de uma sociedade aberta, mais justa, mais livre, com crescimento económico e prosperidade para os portugueses".
Interrogado em que ponto está a sua reflexão sobre se se recandidata à liderança da IL, Rui Rocha disse que está "num ponto bom" e prometeu comunicá-la aos militantes do partido até ao final do ano.
Nestas declarações aos jornalistas, Rui Rocha foi ainda questionado se considera que o facto de o Ministério Público investigar o protesto do Chega na Assembleia da República, após a apresentação de uma queixa anónima, é uma boa forma de responsabilizar o partido.
Na resposta, o líder da IL disse que a melhor maneira de "ver essas questões é confiar nos portugueses".
"Os portugueses avaliarão, tomarão as suas decisões políticas. Nestas matérias, as questões legais são as que menos importam e não me vou pronunciar sobre isso. Os tribunais decidirão aquilo que entenderem. Eu confio na avaliação dos portugueses", referiu.
TA // JPS
Lusa/Fim
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