A inflação abrandou 0,36% em agosto, a segunda queda consecutiva da taxa após a deflação em julho (-0,68%), segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Nos primeiros oito meses do ano, a inflação foi de 4,39%.

Tal como em julho, o abrandamento dos preços deveu-se, em parte, à descida dos preços dos combustíveis, que caíram 10,28%, devido à redução dos impostos federais aprovada pelo Governo do Presidente Jair Bolsonaro, que pretende ser reeleito nas eleições de 02 de outubro.

Dos nove grandes grupos analisados pelo IBGE, dois registaram deflação - transporte (-3,37%) e comunicação (-1,10%) - enquanto o resto dos grupos subiu, incluindo alimentação e bebidas (0,24%) e habitação (1,69%).

O aumento dos preços registado no Brasil nos últimos meses obrigou o banco central a aumentar gradualmente as taxas de juro oficiais, que hoje se situam em 13,75% ao ano, o seu nível mais elevado desde 2016, e o emissor sinalizou que estas poderiam subir para 14% na sua próxima reunião.

O Brasil encerrou 2021 com uma inflação de 10,06%, a maior taxa acumulada desde 2015, quando o índice era de 10,67%.

Para este ano, o banco central estabeleceu um objetivo de inflação de 3,50% com uma margem de tolerância de 1,5 pontos percentuais, embora já tenha admitido que esse valor não será atingido este ano.

Segundo estimativas dos economistas do mercado financeiro, o país fechará com uma taxa de inflação de 6,61%, abaixo dos 7,11% previstos há quatro semanas, enquanto em 2023 a inflação deverá ser de 5,27%.

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